A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (29) um reajuste na bandeira vermelha patamar 2, cobrança adicional aplicada às contas de luz quando o custo da produção de energia elétrica aumenta. A taxa extra passou de R$ 6,24 para R$ 9,49 para cada kWh consumido, o que representa um aumento de 52% na tarifa a partir de junho.

O nível dos reservatórios de água nas hidrelétricas está consideravelmente abaixo do esperado para o atual período do ano, devido à falta de chuvas causada pela maior crise hídrica do Brasil nos últimos 90 anos. Para manter a produção de energia, o país precisa acionar as usinas térmicas, que, por sua vez, produzem uma energia mais cara.

“Já vivemos situações de crise em que a energia elétrica foi comprometida pela falta de chuvas, mas a situação atual é extremamente delicada”, comenta Thomas Carlsen, COO e co-fundador da mywork, startup especializada em controle de ponto online e gestão de departamento pessoal.

“Especialmente agora, que muitos comércios estão reabrindo e utilizando suas instalações de forma integral, a falta de energia pode prejudicar a retomada de vários negócios. É fundamental que os setores de comércio, serviços e a indústria como um todo realizem esforços para economizar o consumo de energia elétrica e de água. Toda a sociedade deve se envolver nessa iniciativa”, comenta o executivo.

O valor do reajuste na tarifa de energia elétrica ainda contraria aquele defendido pela área técnica da Aneel, cuja recomendação de aumento da bandeira vermelha 2 era ainda maior. As estimativas para o reajuste eram de R$ 11,48 por 100 kWh consumidos, um aumento de 84%.

Embora o aumento já tenha ocorrido, apenas o valor da bandeira mais alta sofreu alterações. As demais tarifas permaneceram iguais por 100 kWh consumidos:

  • Bandeira vermelha patamar 2 – R$ 9,49

  • Bandeira vermelha patamar 1 – R$ 4,169

  • Bandeira amarela – R$ 1,343

  • Bandeira verde – não há cobrança extra.