Além do Distrito de Colúmbia, 37 estados americanos aprovaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo até agora: 26 por decisão judicial, oito por lei estadual e três por voto popular. Os 13 estados restantes proibiram o casamento gay: 12 por emenda constitucional e lei estadual e um por emenda constitucional apenas. Nesta terça-feira (28/4), os ministros da Suprema Corte dos EUA começam a ouvir os argumentos dos advogados que representam as partes a favor e contra o casamento gay. A audiência inclui debates orais entre os ministros e os advogados.
O caso na Suprema Corte reúne ações movidas contra quatro estados americanos que baniram o casamento entre pessoas do mesmo sexo: Michigan, Ohio, Tennessee e Kentucky. O julgamento vai discutir, basicamente, se a Constituição e as leis desses estados viola a 14ª Emenda da Constituição do país. Em outras palavras, os ministros vão julgar se essas leis são constitucionais ou não.
A 14ª emenda é a que garante a todos os cidadãos direitos iguais perante a lei, entre outras garantias individuais (como o direito ao devido processo). A garantia de direitos iguais a todos os cidadãos foi criada, através dessa emenda, para finalizar o processo de libertação dos escravos, logo depois da Guerra Civil.
Os estados do Sul, que não queriam o fim da escravatura, lutaram contra a aprovação dessa emenda. Hoje, a maioria dos estados do Sul estão entre os que baniram o casamento gay e outros foram forçados a aceitá-lo por decisão judicial. Eles tendem a ser mais conservadores, enquanto os estados do Norte tendem a ser mais liberais.