A pandemia da Covid-19 mudou a vida de muitos brasileiros. Alguns perderam o emprego, outros foram obrigados a fechar seus negócios e, uma grande fatia dos trabalhadores, mudaram de ramo. É neste último quesito que se encaixa o fotógrafo Flávio Oliveira, 37, de Americana.
Com décadas de fotografia, o profissional já passou por várias redações de jornais da região como repórter fotográfico e teve imagens publicadas nos principais jornais do País, como O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo e Lance (diário esportivo).
Em 2016, inaugurou uma empresa especializada em fotografia escolar. Os negócios iam bem. Oliveira atendia 16 escolas nos estados de São Paulo e Minas Gerais. “A empresa é especializada em álbuns de fotografia escolar. Com a chegada da pandemia e o consequente cancelamento das aulas presenciais, o mercado parou”, lembra o fotógrafo.
Além dos álbuns, explica ele, as formaturas também eram uma fonte de renda importante, cuja realização também foi comprometida com a pandemia. “Foi um momento complicado. A empresa estava se consolidando muito bem no mercado. Mas não teve jeito e tive que mudar o rumo”, afirma Oliveira.
A VIRADA
Após dois meses de pandemia, ele não teve dúvidas: preciso mudar de ramo. Recolheu as economias que sobraram, foi até o Sul de Minas Gerais e lotou o porta-malas do carro de delícias.
Cachaças, Doce de leite, Beliscões de Goiaba, Queijos variados, entre outras delícias, começaram a ser oferecidas em um primeiro momento a amigos e, posteriormente, no famoso “porta à porta”.
“Eu não tinha nenhuma experiência com produtos de Minas, mas sei vender. Foi aí que arrisquei e não me arrependo”, diz. De acordo com ele, a demanda começou a aumentar cada vez mais no decorrer dos meses e, então, foi o momento de crescer.
EMPÓRIO TREM BÃO
Em dezembro do ano passado, explica o fotógrafo com orgulho, nasceu o Empório Trem Bão. Junto à esposa e ao casal de amigo Eliana e André Forato (sócios na empresa), eles iniciaram as atividades no bairro Jaguari . “Estamos indo muito bem. A cada mês novos produtos são incluídos. Hoje temos 400 itens à disposição dos clientes”, afirma.
Apesar do sucesso na nova empreitada, Oliveira torce pelo fim da pandemia para voltar a fotografar. “O próximo desafio será conciliar os dois trabalhos”, ressalta ele.