O prefeito de Nova Odessa, Cláudio José Schooder, o Leitinho (PSD), decretou ponto facultativo ao funcionalismo nesta quinta-feira (1º) e nem comunicou oficialmente a população. Não houve qualquer tipo de informativo à imprensa ou à população a respeito do funcionamento das repartições públicas durante o feriado prolongado da Páscoa.

O decreto foi publicado no Diário Oficial do Município na terça-feira (30), datado de 29 de março. Diferente do que sempre ocorre em emendas de feriado, desta vez não houve comunicados tanto no site da Prefeitura como nas mídias sociais da Administração Municipal. Ou seja, sem o release de ‘abre e fecha’ por ocasião do feriado da Sexta-Feira Santa (Paixão de Cristo), dia 2.

O prefeito decretou ponto facultativo ao funcionalismo das administrações direta e indireta – Prefeitura e Coden Ambiental. As repartições públicas foram fechadas, autorizando as Secretarias Municipais a organizar escala de trabalho para atendimento dos serviços essenciais que não podem parar, como Hospital Municipal, Guarda Civil Municipal, coleta de lixo e vigias.

Na prática, Leitinho concedeu um dia a mais de emenda no feriadão onde muitas famílias costumam se reunir, principalmente tendo em vista a predominância (ainda) católica da religiosidade do brasileiro. A medida, até onde se sabe, foi única em toda a região e poderia ser questionada – por um aspecto – ao ser adotada neste momento de pandemia de Covid-19.

Recentemente houve a duvidosa determinação do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), em antecipar cinco feriados e os emendar de maneira a deixar o paulistano dez dias sem trabalhar. A intenção é de forçar as pessoas a ficarem em suas casas e não se deslocarem até o local de trabalho no momento de maior saturação dos leitos de UTIs.

Mas o resultado foi de transtornos aos municípios do Litoral e Interior, que tiveram de preparar barreiras sanitárias a fim de coibir a vinda dos cidadãos da capital paulista. Ou seja, acabou tornando ainda mais atrativo aos servidores a fazer as tradicionais viagens de Páscoa, mesmo com os apelos do ‘fique em casa’ na pandemia de Covid-19.