O mais recente LIRA (Levantamento Rápido de Índice Larvário) realizado pela equipe do Setor de Zoonoses da Secretaria de Saúde de Nova Odessa nos dias 06 a 07 de outubro em 573 imóveis da cidade não apontou a presença de larvas do Aedes aegypti, mosquito cuja fêmea adulta é responsável por transmitir o vírus da dengue de um humano para outro.
Se a cidade tivesse até 1% de seus imóveis com larvas, ainda assim teria um índice considerado “satisfatório” pela OMS (Organização Mundial de Saúde). De 1,0% a 3,5%, a cidade seria considerada em “estado de alerta”. Acima disso, haveria um “risco de surto” de dengue. O resultado do LIRA de outubro reforço resultado da ADL (Avaliação de Densidade Larvária) promovida meses antes, em julho, que também tinha dado “zero”.
Para a realização dos levantamentos periódicos, são sorteados aleatoriamente, por um programa fornecido pela Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), um total de 600 imóveis, em todas as regiões da cidade. Essas casas e estabelecimentos são então visitados pelos Agentes de Zoonoses da Prefeitura em busca de qualquer recipiente com água parada que contenha larvas do Aedes.
“Esse índice é considerado satisfatório, posto que não encontramos larvas em nenhum dos 573 imóveis que visitamos. Essa atividade é realizada a cada 3 meses – são três ADLs e um LIRA, este último sempre em outubro. E nos dois últimos trabalhos, tivemos índices zero”, explicou a coordenadora do Setor de Zoonoses, Paula Faciulli.
Segundo ela, “isso se deve ao trabalho diário dos Agentes de Endemias, nas atividades de casa a casa de segunda a sexta-feira, aos bloqueios de criadouros e aos arrastões aos sábados (que são dois por mês)”. “Mas vale lembrar que a população deve continuar se mantendo alerta, deixando seus quintais sempre limpos, sem água parada e removendo os objetos que não são mais utilizados. E isso durante o ano todo”, acrescentou a médica veterinária.
ARRASTÕES
Nos dois mais recentes arrastões, realizados pelo Setor de Zoonoses nos dias 1º/10 e 08/10, a equipe visitou 716 imóveis nos jardins Europa, Bosque dos Cedros e Santa Rosa. Desses, 32 estavam fechados e 57, desocupados. Dos que foram vistoriados, a equipe removeu dois caminhões de materiais inservíveis, mas nenhuma larva do mosquito transmissor da dengue. No ano, já foram realizados 18 “arrastões” aos sábados.
As equipes antidengue da Prefeitura realizam visitas “casa a casa”, fazem ADLs e removem possíveis criadouros, além de trabalho estratégico em locais considerados “pontos quentes” para a proliferação do mosquito e ações de “bloqueio” e/ou nebulização em imóveis onde moram pacientes positivos (e nas quadras ao redor).
A redução de criadouros ainda é o melhor método para prevenir a proliferação de mosquitos e das doenças transmitidas por eles. Isto porque cerca de 80% dos criadouros são domésticos, ou seja, estão nas moradias das pessoas. Os munícipes que identificarem possíveis criadouros em terrenos baldios devem comunicar diretamente o Setor de Zoonoses por meio do WhatsApp (19) 99749-2110.
A cidade registrou 287 casos positivos da doença até o final de setembro deste ano, mas apenas 20 deles neste segundo semestre. De janeiro a setembro de 2021, foram 238 casos.