Nova denúncia de campanha de Leitinho chega à CM

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A Câmara Municipal de Nova Odessa recebeu nesta segunda-feira (18) documentos referentes a uma nova denúncia de suposta prática de Caixa 2 na campanha à reeleição do prefeito Cláudio Schooder-Leitinho (PSD) e do vice Alessandro Mineirinho (PP). Na semana passada o Poder Legislativo havia recebido documentação sobre um imóvel alugado na Rua João Adamson, na Vila Azenha, onde foram realizadas reuniões com candidatos a vereador e a prefeito/vice, sem que os valores constassem na prestação oficial de contas.

Desta vez, o auditor Marcos César Seignemartin aponta que não houve o informe oficial de várias pessoas que trabalharam na campanha. “Essa nova documentação expõe o uso de novo Caixa 2, dessa vez na questão de pagamento de pessoal de trabalho da campanha”, explica. O ofício traz diversas fotos exemplificando a prática apontada. O presidente da Câmara, Oséias Jorge (PSD), determinou a distribuição de cópia da denúncia a todos os vereadores.

Nova denúncia de campanha de Leitinho chega à CM

R$ 152,7 mil

O denunciante traz um cálculo estimativo do pagamento pessoal de campanha, entre cinco coordenadores e 64 pessoas equipe de rua, no valor total de R$ 152,7 mil. Ainda cita que o cálculo foi feito com 64 pessoas nas ruas porque este é o número de aventais de tecido confeccionados com a identificação. O denunciante ainda anexou comprovante de pagamento de aventais (R$ 768,00) e de vans (R$ 20 mil por diárias entre 24 de agosto e 5 de outubro de 2024) para a campanha.

O vereador Elvis Garcia-Pelé (PL) afirmou que havia encaminhado a documentação da semana passada à Polícia Civil, para que o órgão apure se existem crimes. “A Polícia (Civil) vai dar esse caminho e andamento”, sinalizou. O parlamentar disse que o imóvel pertencia ao ex-secretário José Jorge Teixeira. Sobre a nova denúncia, Pelé afirmou que adotará a mesma providência.

Quando houve a primeira denúncia, a reportagem do Novo Momento solicitou a posição do prefeito e do vice através da Diretoria Municipal de Comunicação. A única informação passada foi que não era um assunto da Prefeitura, por ser relativo a campanha eleitoral. Entretanto, não houve retorno sobre qual o caminho para a reportagem ter acesso ao posicionamento oficial do prefeito e do vice. O espaço está concedido para ambos caso queiram se manifestar.

Veto aprovado

A maioria dos vereadores aprovou, durante a sessão, o veto do prefeito Leitinho ao projeto de lei, de autoria do vereador André Faganello (Podemos), que dispõe sobre a obrigatoriedade da inserção do símbolo mundial do Transtorno do Espectro Autista (TEA) nas placas indicativas de vagas preferenciais em estacionamentos públicos e privados do município. A proposta havia sido aprovada no dia 26 de maio, mas depois houve veto do prefeito e o assunto gerou polêmica.

Faganello chegou a fazer vídeo criticando o veto, depois Leitinho revidou. O prefeito utilizou a tribuna da Câmara Municipal para criticar Faganello e houve bate-boca durante a sessão de retorno do recesso legislativo, no último dia 4. O vereador citou que emenda impositiva da vereadora Márcia Rebeschini (União) indicou a realização da benfeitoria, com mais de 350 placas prontas e boa parte já instalada na cidade.

Em sua defesa, Faganello alega ser um ‘veto político’ do prefeito, por ele ser um vereador de oposição. Mesmo assim, o veto acabou aprovado por 6 votos a 2 – além dele, o único que votou pela sanção do projeto foi o vereador Elvis Pelé. Nem mesmo o seu colega de partido, Paulinho Bichof (Podemos), votou pela derrubada do veto ao projeto de Faganello. Com a aprovação, o projeto de lei foi arquivado.

 

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