Várias regiões do interior de São Paulo terão nos próximos meses um novo ciclo de crescimento, em função de conjunto de obras associadas ao setor ferroviário. Diversas intervenções urbanísticas, que várias cidades ansiavam há muito tempo, começam a sair do papel em razão da renovação antecipada da concessão da Malha Ferroviária Paulista para a Rumo Logística.

 

Com a renovação antecipada, a empresa se comprometeu com a execução de um pacote de investimentos da ordem de R$ 6 bilhões, beneficiando 40 municípios paulistas. Além de melhorias na própria malha ferroviária, serão construídos viadutos, pontes,  trevos e outras obras, que vão aprimorar a mobilidade, diminuir os riscos de acidentes, criar milhares de empregos e gerar impostos que resultarão em mais retornos para os cidadãos.

 

O nosso mandato na Assembleia Legislativa sempre defendeu a renovação antecipada da outorga, justamente pelo enorme impacto positivo para o povo de São Paulo. E a medida revelou-se ainda mais apropriada, considerando o momento crítico da pandemia, que trouxe muitas incertezas para a economia.

 

Estivemos em Brasília defendendo nossa posição, por ocasião da audiência pública promovida pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em setembro de 2019. Naquela oportunidade, pude reiterar aos ministros Augusto Nardes (TCU) e Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura) a relevância que a outorga antecipada teria para dezenas de municípios, incluindo Sumaré e outros integrantes da Região Metropolitana de Campinas (RMC).

 

Da mesma forma, nosso mandato está empenhado na concretização do projeto do Trem Intercidades, ligando inicialmente Campinas a São Paulo, com enormes benefícios para o conjunto da RMC. O projeto prevê a retomada dos trens de passageiros entre as duas metrópoles, com velocidade de até 120 km por hora. O governo de São Paulo está concluindo o planejamento para viabilizar esse projeto que terá também significativa contribuição na geração de emprego e renda.

 

A região de Campinas, especificamente, projetou-se no cenário nacional e internacional com o polo ferroviário instalado desde o final do século 19, com a implantação das Companhias Paulista e Mogiana. Além de agilizar o transporte das pessoas, a rede ferroviária foi determinante para impulsionar a expansão do café, que se tornou o principal produto de exportação do país até as primeiras décadas do século 20.

 

As ferrovias foram, portanto, o primeiro pilar do importante polo de logística instalado nessa região, depois consolidado com grandes rodovias e o Aeroporto Internacional de Viracopos. Agora, com novas ações no segmento ferroviário, um novo horizonte de oportunidades será aberto para a RMC e outras regiões de São Paulo, a locomotiva do Brasil.

 

Deputado Estadual Dirceu Dalben