De acordo com o último levantamento divulgado pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS, na sigla em inglês), o Brasil respondeu por 13,1% do total de procedimentos, seguido dos Estados Unidos, com 11,9%. O ISAPS aponta que o número de cirurgias plásticas realizadas no mundo é 7,4% superior ao de 2018 (5,6%). Em 2019, foram feitos 11.363.569 procedimentos, sendo 1.493.673 no Brasil.
Este é o segundo ano consecutivo em que a avaliação do ISAPS destaca a liderança brasileira. Não fosse a pandemia de Covid-19, manteríamos esta performance ascendente também em 2020.
No entanto, já no início de 2021 os sinais de recuperação foram perceptíveis, com um aumento de quase 50% na procura por procedimentos estéticos, em comparação com o mesmo período do ano anterior. O aumento de mamas continuou sendo a cirurgia mais procurada em 2019, representando 15,8% dos procedimentos, de acordo com o levantamento.
E mesmo que o implante de silicone tenha se tornado uma prática cada vez maior e mais natural entre as mulheres, ainda há dúvidas acerca da cirurgia, fazendo com que a decisão de aumentar as mamas seja um receio, muitas vezes, desnecessário.
Sendo assim, o Dr. Luís Felipe Maatz, cirurgião plástico, com especialização em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e especialista em Reconstrução Mamária pelo Hospital Sírio-Libanês; tira as principais dúvidas sobre o implante de silicone:
Hoje, há uma série de tipos de próteses. Como saber qual a mais indicada para meu biotipo?
As próteses de silicone não são todas iguais. Para atingir diferentes objetivos e atender às diversas anatomias, há vários tipos utilizados nas cirurgias de implantes mamários. Os tamanhos também variam. Para acertar no volume, deve-se considerar a proporção entre o tórax, a altura, o peso e a elasticidade da pele.
“Por isso, conhecer cada formato é fundamental para que você possa escolher, junto ao seu cirurgião, o modelo que mais se encaixa ao seu corpo e objetivo”, ressalta Luís Maatz, que sugere as seguintes próteses:
Próteses redondas
São simétricas e possuem bases arredondadas, sendo as mais utilizadas nas mamoplastias de aumento. Disponíveis nos perfis moderado, alto ou superalto, são indicadas para deixar o colo bem desenhado, sendo ideais para quem quer um bom preenchimento dos polos superiores das mamas.
Próteses cônicas
Possuem base redonda, porém, com maior projeção central, proporcionando um resultado de mamas mais “pontudas”. São as próteses que possibilitam uso de maiores volumes com menor diâmetro da base.
Próteses anatômicas
Possuem formato de gota. Esse tipo de implante tem a maior parte do volume no polo inferior, sendo mais indicado para quem quer aumentar as mamas sem deixar o colo muito marcado. Produz um resultado mais natural.
Quais as melhores técnicas de implantação?
Segundo Luís Maatz, as indicações são:
Abaixo do músculo
Também chamada de técnica submuscular, os implantes são colocados totalmente ou parcialmente abaixo da musculatura peitoral. Na colocação parcial, a técnica é a dual plane, em que parte do músculo serve como cobertura para a prótese. “Essa implantação é indicada para quem possui pouca mama e pele muito fina. O procedimento permite esconder irregularidades, além de proporcionar naturalidade”.
Por cima do músculo
Os implantes ficam atrás das glândulas mamárias, por cima do músculo peitoral. A técnica é considerada menos invasiva que a submuscular, sendo indicada para quem apresenta mamas e pele com boa consistência. O pós-operatório também é menos incômodo, já que a dor é menor.
Subfascial
Os implantes são posicionados por cima do músculo, mas abaixo da fáscia peitoral. Dessa forma, o plano subfascial é um “meio termo” entre o plano subglandular e submuscular. Nesse tipo de técnica, associam-se as vantagens das demais.
“Vale lembrar que é fundamental buscar sempre um médico comprovadamente qualificado, experiente e que seja membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica”, finaliza Dr. Luís Felipe Maatz.