Um estudo realizado pelo Clube do Malte, maior e-commerce de cervejas especiais do Brasil, revela que São Paulo é o estado que mais compra cervejas especiais no país. Em 2018, a região foi responsável por 34,7% dos pedidos, ocupando a primeira posição no ranking nacional. Em seguida vem Paraná (15,6%), Rio de Janeiro (10,5%), Minas Gerais (9,8%), Rio Grande do Sul (7,1%) e Santa Catarina (4,9%).
Os paulistas têm preferência por cervejas fortes, sendo o estilo IPa o mais comprado na região. Em seguida vêm as cervejas estilo Pilsen, Weizen, English Pale Ale e Stout, nesta ordem. As marcas mais procuradas são as importadas, com 52% do número de pedidos. As nacionais somam 48%. O público consumidor de cervejas especiais em São Paulo é majoritariamente masculino. Os homens são responsáveis por 80% dos pedidos, enquanto as mulheres ficam com 20%.”A cerveja é uma paixão nacional e o mercado de cervejas especiais vem crescendo ano após ano. São Paulo é muito importante para o nosso mercado e queremos aumentar a nossa presença na região, criando parcerias e atraindo entusiastas para construir a maior e mais engajada comunidade de apaixonados por cerveja do Brasil”, afirma o CEO e fundador do Clube do Malte, Douglas Salvador.Captação de investimentos em São PauloPrestes a completar 10 anos de operação, o Clube do Malte está captando recursos para acelerar o crescimento da empresa. Com um formato diferente dos modelos tradicionais de captação, a empresa busca agregar, além do capital, outros ativos ao negócio. Por meio de uma campanha de equity crowdfunding, o objetivo é angariar R$ 2,150 milhões, o equivalente a 10% do valor da empresa.No dia 10 de abril, o Clube do Malte promove uma sessão de apresentação do projeto, que acontece no Impact Hub, em São Paulo. A ideia é reunir interessados em fazer parte do investimento, trazendo informações mais detalhadas. A iniciativa já conta com 405 investidores e atingiu a marca de R$ 860 mil, formando a maior comunidade de crowdfunding do país. Até o final de maio, a expectativa é alcançar um total de 500 pessoas.O projeto de captação, com previsão de duração até maio, foi dividido em duas etapas. Nos primeiros dois meses, janeiro e fevereiro, o Clube do Malte trabalhou especificamente sua base de clientes e parceiros, priorizando quem já está próximo ao ecossistema da empresa. A partir de março, a empresa iniciou um road show para trabalhar um perfil de investidores de tíquete médio maior, como anjos, pequenos fundos ou family offices.A captação está sendo realizada em conjunto com o Kria, uma das mais tradicionais plataformas de equity crowdfunding do País, e todo o processo de formalização acontece por meio da ferramenta.”Essa divisão em etapas foi planejada ao observarmos que o comportamento dos investidores muda de acordo com o tamanho do aporte. Os que colaboram com valores menores são investidores que buscam diversificação de carteira ou mesmo entusiastas de cerveja que têm um prazer especial em fazer parte do Clube do Malte, fato que nos surpreendeu de forma positiva. Já quem colabora com cheques maiores tem um perfil mais participativo, quer estar mais perto do negócio, acompanhar e contribuir”, explica Salvador.  E percebendo esse comportamento, o projeto prevê ao final da campanha criar o Conselho de Apaixonados por Cerveja (CAC), um grupo de pensadores divididos entre os Conselhos Técnico e de Gestão, composto por acionistas a serem selecionados pelo board da empresa. “Esse grupo de executivos nos ajudará a dar insights para os projetos de crescimento que desenhamos para o Clube do Malte”, afirma Salvador.A captação de investimentos visa consolidar a execução de quatro projetos que têm potencial para triplicar o faturamento do Clube do Malte, hoje próximo de R$ 13 milhões ao ano, chegando a R$ 40 milhões nos próximos cinco anos. “Decidimos acelerar o crescimento da empresa para o próximo biênio. Para atingir essa meta, reestruturamos o nosso cap table (tabela de captação), abrindo uma janela de 20% de cotas em tesouraria, que serão divididas em duas rodadas de investimento. São 10% agora e mais 10% em uma segunda captação no final de 2019 ou 2020”, revela Salvador.