Estado de São Paulo aplicou mais de 4,2 milhões de doses de ambas as vacinas em crianças com idade entre 1 ano e menores de 5 anos; cidades que estiverem abaixo da meta devem continuar a vacinar até 28 de setembro
O Estado de São Paulo ultrapassou a meta de vacinar 95% das crianças contra sarampo e paralisia infantil (poliomielite), indicada na campanha de imunização de 2018.
No total, foram aplicadas 4,2 milhões de doses contra ambas as doenças, alcançando coberturas vacinais de 95,7% para pólio e 95% para sarampo, respectivamente.
Mais de 2,1 milhões de crianças com idade de 1 ano a menores de 5 anos foram imunizadas até o momento, conforme balanço feito pela Secretaria de Estado da Saúde, com base nos dados informados pelos municípios. Em todo o Estado, há 2,2 milhões de crianças paulistas nessa faixa-etária.
Devido à importância de imunizar pelo menos 95% do público-alvo, a Secretaria de Estado da Saúde orienta as cidades que ainda estiverem abaixo da meta a prosseguir com a campanha vacinação até o dia 28 de setembro.
Em todo o território paulista, 14 regiões ultrapassaram as metas, mas três ainda precisam aumentar as coberturas: a Grande São Paulo, onde o percentual de vacinação contra pólio é de 94,5%, e 93,8% contra sarampo. Na região de Campinas, de 94%, e 93,6%, respectivamente. Já na região de Ribeirão Preto, a cobertura é de 93,4% contra paralisia infantil e de 92,6% contra sarampo.
Desde 4 de agosto, quando a campanha começou com um ‘Dia D’ extra exclusivamente em SP, foram imunizadas 2.108.868 crianças contra pólio e 2.092.288 contra sarampo.
“Contamos com apoio dos municípios que ainda tiverem cobertura vacinal abaixo de 95% para que as crianças ainda não imunizadas recebam as vacinas contra poliomielite e sarampo. As doses seguem disponíveis nos postos, pois fazem parte da rotina de imunização. A vacinação é fundamental para eliminarmos os riscos da circulação dessas doenças no Estado de São Paulo”, afirma a diretora de Imunização da Secretaria, Helena Sato.
A vacina é contraindicada para crianças imunodeprimidas, como aquelas submetidas a tratamento de leucemia e pacientes oncológicos. A Secretaria também orientou as prefeituras paulistas para que as salas de vacinação façam a triagem de crianças que tenham alergia à proteína lactoalbumina, presente no leite de vaca, para que estas recebam a vacina contra sarampo produzida pelo laboratório BioManguinhos. Além deste produto, os municípios também estão recebendo a vacina produzida pelo Serum Institute of India, enviada pelo Ministério da Saúde, e que contem a referida proteína. Essa vacina poderá ser aplicada normalmente nas crianças não alérgicas.
“Não há motivo para preocupação. No Brasil, a incidência de alergia ao leite de vaca é de 2%, portanto, trata-se de uma situação rara”, explica Sato. A reação alérgica pode ter como sintomas coceira, náusea, diarreia nas duas primeiras horas após a ingestão do alimento ou produto com o componente. Diante de qualquer suspeita, os pais ou responsáveis devem levar as crianças ao médico.
Em São Paulo, a campanha foi iniciada em 4 de agosto, com um ‘Dia D’ extra feito exclusivamente no Estado. Outros dois ‘Dias D’ ocorreram, respectivamente, em 18 de agosto e 1º de setembro. O prazo de encerramento da campanha inicial era 31 de agosto e foi prorrogado para 14 de setembro, seguindo a recomendação do Ministério da Saúde.
Não há registro de casos de paralisia infantil em SP há 30 anos e, desde 2000, não existem casos autóctones de sarampo no Estado.