Em 2013, o mineiro Hugo Barra trocou o Google, onde era vice-presidente global do Android, pela chinesa Xiaomi (pronuncia-se “Xau-mi”). Oito meses depois, a transação radical ganha contornos mais nítidos. Especialista em grandes mercados, Barra anunciou esta semana que pretende trazer a empresa – e seus celulares bons e baratos – à América Latina, começando pelo Brasil.
A informação foi contada por meio de uma foto postada no perfil dele, no Google Plus, na companhia de Antonio Anastasia, governador de Minas Gerais, e do Embaixador do Brasil na China, Valdemar Carneiro Leão. Os três se encontraram em Pequim para discutir a expansão da companhia.
Barra atua como vice-presidente global da fabricante chinesa, logo, espera-se que ele justamente comande o processo de internacionalização. Pontencial a Xiaomi tem de sobra: ao contrário do estereótipo das concorrentes locais, a companhia faz fama com o cuidado de não copiar, mas oferecer novidades para seus clientes.
Um dos grandes diferenciais da empresa, criada em 2010, é oferecer smartphones com especificações capazes de competir com os melhores aparelhos das grandes marcas, mas com preços amigáveis. Sem nenhum contrato com operadoras ou subsídio, o valor de um produto de topo de linha chega a custar cerca de US$ 300, metade de um Galaxy S4 ou um iPhone. Todos os produtos são vendidos pelo site oficial da companhia.