A infertilidade é uma doença que afeta o sistema reprodutivo e sua capacidade de conceber uma gravidez. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS)apontam que até 186 milhões de indivíduos podem ser inférteis em todo o mundo. No Brasil, o total de pessoas que enfrentam a infertilidade pode chegar a oito milhões, de acordo com a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA).

Diante desse cenário, estudiosos têm se debruçado para entender cada vez mais os fatores que contribuem para um quadro de infertilidade, e buscam encontrar caminhos que, além de reverter essa condição, podem ser somados a importantes tratamentos convencionais, tornando a caminhada para a sonhada maternidade mais suave e, possivelmente, vitoriosa.

Um dos caminhos positivos apontados por pesquisas é a massagem. Importantes estudos afirmam que a prática terapêutica auxilia na diminuição do estresse psicológico, comumente liberado pelos hormônios cortisol e catecolamina2, por exemplo.

Estudioso do assunto e especialista em fertilidade, o ginecologista e obstetra dr. José Bento afirma que “a massagem diminui os níveis de glicose e de insulina na circulação da mulher, ajudando na restauração do equilíbrio dos hormônios femininos e contribuindo, dessa forma, para a ovulação”. Ele acrescenta, no entanto, que todo distúrbio hormonal deve ser avaliado por um especialista.

Menos cortisol, mais Oxitocina

Diante de estudos que afirmam que a redução do estresse pode melhorar a fertilidade da mulher que enfrenta dificuldade para engravidar, dr. José Bento foi pioneiro em incorporar a massagem como uma verdadeira aliada no processo de fertilização. “Os benefícios da massagem em mulheres grávidas são reconhecidos, mas poucos sabem que a terapia é importante para as que querem engravidar ou para as que estão vivenciando um tratamento de fertilidade”, destaca.

Dessa forma, o obstetra que atua em hospitais de referência, como Albert Einstein e São Luiz (Rede D’Or), buscou a esteticista Renata França, referência no assunto massagem, para a criação de um protocolo voltado especialmente para tentantes. Entendendo a nobreza do trabalho, Renata desenvolveu em 2019 a Babymoon, que conta com 97 manobras.

“Em todas elas, busquei focar nos benefícios necessários ao corpo da mulher que sonha em ser mãe. Com manobras de drenagem linfática e de relaxamento profundo, trabalhei especialmente na ação de reduzir os níveis de cortisol da tentante”, afirma Renata.

Outro fator importante sobre os benefícios promovidos pela massagem, segundo dr. José Bento, é que ela aumenta os níveis de oxitocina3, o principal hormônio responsável pelo parto, e beneficia a mulher que se prepara para a fertilização in vitro (FIV)4. Por esse e por outros motivos, “a Babymoon é uma peça importante na trajetória de casais em processo de fertilização e é uma contribuição favorável na direção de um resultado bem-sucedido”, conclui o médico.