Os vereadores de Santa Bárbara aprovaram a moção de autoria do vereado Felipe Corá (Patriota) que “manifesta protesto a Prefeitura Municipal e ao prefeito Rafael Piovezan, ao Governo do Estado de São Paulo e o Governador João Dória, por suposto gasto de dinheiro público em apoio ao Festival Mix Music voltado ao público LGBTQIA+” realizado no último dia 2 no Teatro Manoel Lyra. A proposta foi aprovada por 10 votos favoráveis contra 8 contrários.

Com o intuito de derrubar a moção, a vereadora Esther Moraes (PL) pediu destaque da proposta e argumentou de forma cirúrgica cada ponto do texto da proposta por Corá e pediu o voto contrário dos colegas.

Mesmo sem informações sobre os gastos do município com o evento, a moção falava em “suposto gasto público municipal”, o que foi esclarecido por Esther quando colocou que não houve gastos por parte da prefeitura no evento realizado. A apresentação é um projeto do programa do Governo Estadual, o Proac, e possui verba carimbada, o que significa que o dinheiro utilizado não poderia ser usado em nenhuma outra área, como saúde ou educação, por exemplo.

Nesse sentido, Esther argumentou que o imposto é recolhido de forma ampla por parte do governo e que a distribuição dos recursos em forma de projetos, como o Proac, não deve ser discriminatória.

A discussão acabou dominada pelos assuntos ideologia de gênero, orientação sexual e religião, por exemplo. Os vereadores Felipe Corá e Isac Motorista (Republicanos) falaram em “valores cristãos” e de “família”. O vereador Isac chegou a afirmar que foi orientado pelo pastor de sua Igreja a votar favoravelmente à moção.

“Fui eleito para defender pautas de valores da família”, disse o autor da moção, Felipe Corá.

Alguns vereadores como Carlos Fontes (PSL), Eliel Miranda (PSD) e Uruguaio (MDB) chegaram a cogitar a retirada do nome do prefeito Rafael da moção após Esther afirmar que não houve investimentos por parte da prefeitura, mas a retirada não era possível de acordo com o regimento interno.

AMEAÇA. Uma fala de Felipe Corá afirmando que o deputado Eduardo Bolsonaro estaria assistindo a sessão e consequentemente o voto de cada vereador foi encarada como “ameaça” pelo presidente Joel do Gás (PV) que usou a palavra para repudiar qualquer tipo de ameaça na tentativa de interferir no voto dos parlamentares.

Veja a votação: