O Indicador de Inadimplência de Pessoas Jurídicas divulgado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que a quantidade de empresas inadimplentes aumentou 5,10% em fevereiro, em comparação ao mesmo período de 2016. Apesar disso, o crescimento do número de pessoas jurídicas negativadas no país perdeu força durante 2016 e se estabiliza em 2017 – em fevereiro do ano passado, a variação anual havia sido de 13,68%.
Levando em consideração os dados das cinco regiões brasileiras, o indicador demonstrou que o Nordeste teve o maior avanço do número de pessoas jurídicas negativadas em relação a fevereiro de 2016 (6,59%), seguido do Norte (6,22%), Sudeste (4,97%), Centro-Oeste (4,50%) e Sul (2,77%).
Segundo o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o abrandamento no aumento da inadimplência mesmo em meio à crise tem um motivo: “Isso acontece porque, com a maior restrição ao crédito e menor propensão a investir, há redução dos custos e, consequentemente, do endividamento”, explica. “Para os próximos meses, espera-se que as taxas de juros continuem caindo e que a atividade econômica ainda se mantenha discreta, o que deve possibilitar a manutenção do crescimento da inadimplência das empresas em patamares ainda discretos”.
Houve também aumento de 3,04% na quantidade de dívidas em atraso em nome de pessoas jurídicas, na comparação com fevereiro de 2016. Ainda assim, o número também está em patamar baixo em relação à série histórica. O número de empresas devedoras por setor indica que o segmento de serviços (que engloba bancos e instituições financeiras) teve a maior alta de empresas negativadas em janeiro de 2017 na comparação com o mesmo período do ano anterior (7,76%), seguido de indústria (4,66%) e comércio (3,86%).