(Reuters) – Se Cristiano Ronaldo bater um pênalti no meio do gol, tem apenas 58 por cento de chance de fazer o gol. Se cobrar do lado esquerdo, as chances sobem para 85 por cento, e para 89 por cento se a cobrança for à direita.

Um dos clichês mais antigos do futebol é que a cobrança de pênaltis é uma loteria. Mas, para muitas pessoas, é uma ciência, como evidenciado por um número crescente de estudos e livros de acadêmicos e psicólogos sobre o tema.

Um dos mais recentes é de um grupo de pesquisadores portugueses que estudaram milhares de penalidades, inclusive as cobradas por Ronaldo, e construiu uma base de dados descrevendo o comportamento de jogadores específicos na hora de bater a penalidade.

Os pesquisadores dizem que podem usar a informação para prever como um dado jogador provavelmente irá bater um pênalti, ou como um goleiro irá reagir, dependendo das circunstâncias da partida e de seu desempenho recente.

Eles esperam vender a informação aos clubes, e o coordenador do projeto, Alexandre Real, disse à Reuters que a pesquisa pode render “de 3 a 12 pontos a um time” durante uma temporada ??? o suficiente para fazer a diferença entre sobreviver e ser rebaixado.

Embora muitos times compilem seus próprios dossiês sobre pênaltis, Real afirma que a pesquisa de seu grupo tem valor agregado por identificar características individuais de batedores de pênalti e goleiros e como isso pode variar com as circunstâncias.

João Fialho, professor de matemática da Universidade Americana do Oriente Médio do Kuweit e parte da equipe de pesquisa, disse que, por exemplo, quando o capitão do Chile, Arturo Vidal, erra um pênalti, sempre bate o seguinte do lado esquerdo.