O Brasil subiu uma posição no ranking de competitividade e ficou em 80º (octogésimo) lugar entre os 137 países analisados. Esta é a primeira alta em cinco anos. Os dados foram divulgados no Relatório Global de Competitividade, publicado pelo Fórum Econômico Mundial em parceria com a Fundação Dom Cabral. Segundo o relatório, os cinco países que lideram o ranking global de competitividade são: Suíça, Estados Unidos, Singapura, Holanda e Alemanha.
Há 5 anos, o Brasil estava em 48º lugar no ranking. No ano passado estava em 81º (octogésimo primeiro). neste ano, apresentou uma leve melhora.
Agora fazendo uma comparação com os países da América Latina: O Chile, por exemplo, está na 33ª posição. A Colômbia está em 66º lugar. O Perú está na 72ª (septuagésima segunda) posição e o Uruguai está no 76º (septuagésimo sexto) lugar.
Dos 12 itens que foram pesquisados, o Brasil melhorou em 10. Avançou principalmente em inovação e em instituições. Porém, o país caiu em tamanho de mercado e em infraestrutura. Quem dá mais detalhes sobre o estudo é o coordenador do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral, Carlos Arruda. “Ele é baseado de uma maneira bem diferente. Ele não é só baseado em dados estatísticos, nem só em opinião de pessoas. Ele é uma combinação das duas coisas. Então, por exemplo, no item infraestrutura o Brasil piorou. Como nós não tivemos grandes investimentos, o dado estatístico é negativo. Em tamanho de mercado, evidentemente pela recessão. Como o Brasil exportou menos e a economia não cresceu no período de recessão, o mercado diminui.”
O relatório também destaca a evolução no combate a corrupção e a liberdade do poder do judiciário, como explica Carlos Arruda.
“O Brasil está na posição 80 em geral e no item autonomia e liberdade do judiciário está na posição 54. Uma das variáveis deste item Instituições é a confiança da população nos políticos. O Brasil está na última posição neste item. Então, no Brasil, tem um claro fenômeno de baixa confiança nos políticos e alta confiança de que a ação do judiciário pode ser muito positiva para o país no longo prazo.”
Má gestão afeta competitividade
A queda acentuada na competitividade brasileira registrada nos últimos anos tem relação com os rumos adotados pelos governos anteriores. Segundo o analista político Marcelo Moraes, da Fundação Getúlio Vargas, as decisões econômicas e de gestão dos governos Lula e Dilma tiveram impacto negativo no ranking. “Quando o Lula falou que o Brasil era uma marola, de fato, naquele momento, era uma marola; mas no governo Dilma, a marola virou uma onda; não só por problemas internos, mas problemas de governo também, de gestão. E esta onda vem crescendo desde 2013 até agora e a gente está vendo isto neste índice.”
Para acessar o relatório na íntegra, entre no site www.fdc.org.br