O inverno chegou e, com ele, problemas de saúde atormentam a população. Segundo a OMS, centenas de milhões de pessoas sofrem de doenças e alergias respiratórias e, nesta época do ano, estes problemas se agravam ainda mais quando somados às gripes, rinites, sinusites, resfriados e tosses. A procura por medicamentos para ajudar a combater os incômodos causados aumenta e, consequentemente, a automedicação.

Nas drogarias e farmácias espalhadas por todas as cidades, existem inúmeros medicamentos de venda livre, que são isentos de prescrição médica no ato da compra e, a grande maioria deles, é adquirida pela população para combater os efeitos colaterais de gripes, problemas respiratórios, dores de garganta, sem a procura da orientação correta de um farmacêutico, por exemplo.

Com isso, o uso inadequado destes medicamentos isentos de prescrição médica pode ainda ser mais grave. Estes medicamentos, em sua maioria, são uma associação de analgésicos, antitérmicos e antialérgicos. Um bom exemplo é o uso do Paracetamol. Essa substância apresenta-se segura na dosagem entre 500 a 750 miligramas, de 6 em 6 horas, porém, se aliado ao uso de bebidas alcoólicas e em concentrações superiores, pode gerar problemas no fígado.

A procura de descongestionantes nasais também é grande durante o inverno. Resfriados comuns, gripes, rinites e sinusites ocasionam o congestionamento nasal, que é um de seus principais sintomas. Com isso, o uso abusivo dos descongestionantes pode acarretar diversos problemas de saúde ao paciente. A utilização deve ser pré-determinada, por exemplo, de 4 a 5 dias com horários estipulados, mas, em sua maioria, é utilizado assim que ocorre o congestionamento nasal. Esta utilização constante pode causar um efeito rebote, vício na utilização do medicamento e principalmente problemas cardíacos.

Existem alternativas simples para o combate de alguns sintomas destas complicações. Febres durante a gripe e os congestionamentos nasais podem ser tratadas com o aumento da frequência de banhos frios para a diminuição da temperatura do corpo e o uso de travesseiros mais altos, levantando a posição da cabeça, ou a umidificação do ambiente, respectivamente, podem ajudar no combate a esses sintomas e evitarem a automedicação. O uso de analgésico e antifebril deve ser feito sob a orientação do farmacêutico.

Em caso de dúvidas, procure o profissional farmacêutico, pois, até mesmo os medicamentos livres de prescrição médica, podem causar danos à saúde. Desde 2014, com a lei 13021, a farmácia foi considerada um estabelecimento de saúde, diante disso, temos a presença de um farmacêutico em período integral, que é o profissional habilitado para cuidar da sua saúde.