Com apenas a presença de um dos 11 prefeitos que compõe as cidades ‘responsáveis’ pela atual situação da Represa de Salto Grande, em Americana, a reunião sobre o tema, realizada nesta sexta-feira, terminou sem comprometimento de ações concretas. O único prefeito presente foi o de Americana, Omar Najar (MDB). 
O principal assunto durante todo o encontro foi a grande necessidade do empenho e união de todas as cidades envolvidas. O que já ‘falhou’ no próprio encontro. 

SITUA????O: A grande demanda é para que as macrófitas (água pé) sejam retiradas, porém, durante toda discussão, foi explicado por diversos representantes de órgãos como CPFL Renováveis, o próprio DAE de Americana e Cetesb, que a proliferação das plantas aquáticas é decorrente de elementos – fósforo e nitrogênio – oriundos do despejo dos esgotos das cidades. A retirada das macrófitas sem as devidas ações no tratamento da água não é eficaz, pois com o atual nível dos elementos que ‘alimentam’ as plantas aquáticas, a proliferação é rápida e recorrente. 
A CPFL Renováveis, responsável pela represa, pede que as macrófitas possam ser liberadas através da abertura da comporta da represa, mas a possibilidade não é vista com bons olhos pelo diretor do DAE, Carlos Zappia, e o promotor do Meio Ambiente, Ivan Carneiro, pelo fato de que isso poderia comprometer o abastecimento da cidade, pela chance das macrófitas se acumularem nas redes de captação.   
ACORDO PARA IMPLANTA????O DO SISTEMA TERCIÁRIO: Por lei, as cidades são obrigadas a trabalharem com o sistema secundário de tratamento de esgoto. Porém, a principal alternativa levantada durante a reunião é a implantação do sistema terciário, principalmente por aquelas cidades que despejam maior quantidade de fósforo. O promotor Ivan afirma que essa é a alternativa mais palpável em vista.