Com a chegada das chuvas de verão, que se estendem até o final de março, aumenta o risco de proliferação do mosquito Aedes aegypti, que transmite doenças como dengue, zika e febre chikungunya. Para evitar a escalada das chamadas arboviroses, a Secretaria de Saúde do município está intensificando o trabalho e chama a atenção para medidas simples que devem ser incorporadas à rotina dos moradores e colocadas em prática no dia a dia.
“?? importante que os moradores verifiquem tudo que têm no quintal e removam todos os objetos que possam acumular água. Além de vasos, pneus e embalagens, é preciso ficar atento a ralos e tambores. No ano passado, eles concentraram a maioria dos criadouros do mosquito nas residências que visitamos na cidade”, alerta a coordenadora do Setor de Zoonoses da Vigilância em Saúde, a veterinária Paula Faciulli.
Para impedir que se tornem “ninhos” para o mosquito, a veterinária recomenda que tambores e demais recipientes usados para armazenamento de água tratada ou de chuva permaneçam tampados ou cobertos com tela de mosquiteiro ou tecido. Quanto aos ralos que acumulam água, a aplicação de desinfetante uma vez por semana resolve o problema. “Vale frisar que água sanitária não resolve porque evapora”, completa Paula.
Na segunda-feira (6), agentes de endemias realizaram trabalho casa a casa no Residencial Jequitibás. O bairro, localizado na região do Jardim Alvorada, recebe no próximo sábado (11) o primeiro arrastão de combate à dengue de 2020. A ação envolve 13 funcionários da Prefeitura e um caminhão para coleta de objetos. Apenas por meio dessa ação, foram visitados 7.178 imóveis na cidade em 2019 e recolhidos 51 caminhões de potenciais criadouros em 15 bairros percorridos.
“Vamos retomar os arrastões no sábado e continuamos, de forma permanente, com todas as ações de prevenção e combate ao Aedes aegypti. Esse é um momento crucial para o município. Nessa época, chove muito, a água fica acumulada e faz muito calor, criando as condições ideais para a procriação do mosquito. Por isso, precisamos da colaboração de toda população de Nova Odessa, procurando e eliminando toda e qualquer possibilidade de criadouro”, ressaltou o secretário de Saúde, Vanderlei Cocato.
Além dos arrastões e do trabalho casa a casa, os agentes também fazem visitas diárias a pontos estratégicos (empresas, borracharias, lojas de sucatas etc.), com média de 80 pontos visitados por mês; vistorias em imóveis especiais (escolas, creches, hospital, UBS, prefeitura, empresas etc.), em busca de criadouros e dando orientações; e visitas a imóveis que estão sob os cuidados de imobiliárias, numa média de dez visitas por mês.
Também é realizado trabalho de orientação e conscientização nas escolas do município. Durante as aulas, os alunos recebem panfletos com a história do Aedes aegypti no Brasil, modelos didáticos do mosquito, confeccionados em tamanho aumentado, para que conheçam suas características e possam identificá-lo no dia a dia, e assistem a vídeos sobre o ciclo de vida do mosquito. A iniciativa é coordenada pelo IEC (Informação, Educação e Comunicação), órgão vinculado às secretarias de Saúde e Educação. No ano passado, foram confirmados 925 casos positivos de dengue no município.