Segunda data sazonal mais importante para o varejo no ano, o Dia das Mães, deve alavancar as vendas. De acordo com pesquisa realizada pela FCDLESP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo), com a participação das principais CDLs do estado, os lojistas estão otimistas e esperam crescer o volume de vendas no período comemorativo.

Após a saída do estado da Fase Emergencial do Plano São Paulo, os comerciantes relatam que a expectativa de um bom desempenho das vendas está ligada à flexibilização. Segundo a entidade, durante o período de maior restrição, o comércio perdeu cerca de 30% do faturamento.

“Com os estabelecimentos abertos e uma maior flexibilidade do horário de funcionamento, em comparação com o ano passado, as vendas devem crescer entre 20% e 25%. Apesar de ser um aumento expressivo, em 2020, as lojas físicas venderam 25% a menos que em 2019”, explica o presidente da FCDLESP, Mauricio Stainoff.

Varejo físico e digital 

O levantamento realizado pela FCDLESP aponta que, neste ano, o consumidor está em busca de variedade. Isso deve proporcionar um cenário positivo para os shoppings centers e comércios de rua. Os segmentos mais procurados devem ser os de uso pessoal, como calçados, roupas e acessórios.

Dentro do atual momento do varejo, os lojistas afirmam que  boas  promoções e descontos são aliados das vendas. Além disso, alimentar e investir nas estratégias do ambiente digital colabora para o crescimento da demanda virtual.

“As vendas on-line têm ficado com a maior parte da demanda nas últimas datas sazonais, porém, com a possibilidade de compra na loja física, acreditamos que parte dos  consumidores devem  ir presencialmente – como lojas de rua e shoppings,  o que gera um equilíbrio entre o físico e o virtual”, comenta Stainoff

Cautela

Apesar da perspectiva de crescimento, que leva em consideração o bom desempenho da data nos últimos anos, diante do atual cenário econômico do país, o presidente da FCDLESP alerta que, no balanço trimestral, o varejo deve apresentar declínio. Para a entidade, a recuperação e fôlego do setor só é possível com medidas reais de manutenção de emprego, concessão de crédito para os empresários e maior ritmo de vacinação no país.

“O desempenho do varejo está diretamente ligado à reclassificação e mudanças do Plano SP – que é impactado pela imunização e controle da pandemia de COVID-19. Estimamos uma melhoria no caixa das lojas e  que a retomada econômica para o varejo venha no quarto trimestre – com o maior número de vacinados e com maior confiança do consumidor”, finaliza Maurício.