(Reuters) – Os bancos no Chipre continuarão fechados até quinta-feira (28), e mesmo então estarão sujeitos a controles de capital para evitar saques em massa, depois de um resgate da União Europeia (UE) que o presidente do país garantiu ser o melhor para o interesse do povo.
Após retornar de difíceis negociações em Bruxelas, o presidente cipriota, Nicos Anastasiades, afirmou na noite de ontem (25) que o plano de resgate de 10 bilhões de euros é “doloroso”, mas essencial para evitar um colapso financeiro.
Ele concordou em fechar o segundo maior banco do país, o Popular do Chipre, e impor fortes perdas a grandes depositantes, muitos dos quais russos, depois que o grande setor financeiro do Chipre complicou-se devido à falta de rendimento dos investimentos na vizinha Grécia.
Líderes europeus disseram que uma bancarrota nacional caótica que poderia ter forçado o Chipre a deixar a zona do euro e prejudicado a economia europeia foi evitada –apesar de investidores em outros bancos europeus estarem alarmados pelo precedente de perdas aos depositantes no Chipre.
“O acordo que alcançamos é difícil mas, nas atuais circunstâncias, é o melhor que podemos ter”, disse Anastasiades em depoimento ao país em rede nacional na noite de segunda-feira.
“Nós deixamos para trás a incerteza e a ansiedade que todos nós vivemos nos últimos meses e olhamos agora para o futuro com otimismo”, disse ele aos compatriotas que enfrentam uma recessão imediata e profunda e anos de aperto que não devem ser diferentes da situação vivida pelos irlandeses, gregos e portugueses.