Durante 2021, o setor de maquininhas de cartão teve 89,4 mil reclamações registradas no site Reclame Aqui. Esse número representa uma alta de 27% em comparação ao ano anterior (2019), que teve 70.414 reclamações registradas.

46% dos empreendedores sinalizam que os problemas estão relacionados às taxas e demais fatores. Já a maioria, 54% afirmam que os problemas das reclamações eram relacionados ao próprio equipamento, como mau funcionamento.

Setor de maquininhas
O uso de maquininhas de cartão de crédito é cada vez mais realidade para a maioria dos donos de micro, pequenas e médias empresas no Brasil. Uma pesquisa realizada pelo Sebrae detectou que 56% dessas empresas já possuem uma maquininha de cartão.

Em pouco tempo as maquininhas tornaram-se grandes aliadas dos negócios. Em 2016, apenas 27% dos empreendedores possuíam mais de um equipamento, enquanto em 2021 esse número saltou para 41%. “O impacto que o uso das maquininhas traz é enorme. Os meios de pagamento acabam se multiplicando e isso gera mais opções aos clientes”, diz Rodrigo Mendes, CEO da Maquininhas de Cartões.

As taxas
Com um cenário de aumento da taxa básica de juros (Selic) para 13,75%, os empreendedores acabam por optar pela maquininha com menor taxa. Mas, buscar máquinas apenas pelas menores taxas, talvez não seja o melhor caminho, conforme explica Rodrigo.

De cada quatro entrevistados pela pesquisa do Sebrae, três compararam os fornecedores antes de adquirir o serviço e a taxa mais barata foi o diferencial para 76%.

“A taxa é apenas um fator, não o mais importante. Existe um conjunto de possibilidades que as empresas de maquininhas devem oferecer aos empreendedores, como o bom atendimento não robotizado, variedades de máquinas, possibilidade de vendas online, links de pagamento e o motor de vendas por pix”, comenta Rodrigo.

O Brasil bateu recorde na abertura de empresas em 2021, segundo o Ministério da Economia. Foram quase 4 milhões de novos negócios. Empreender no país é um dos muitos desafios que o brasileiro enfrenta.