Os últimos anos foram de grande crescimento no setor da saúde e uma prova disso é o desenvolvimento exponencial das healthtechs no Brasil. Conforme o Distrito Healthtech Report 2022, a quantidade desses empreendimentos aumentou em 60% desde 2016 e, atualmente, o país conta com 1.023 modelos de negócio. Para o CEO da fintech GYRA+, Rodrigo Cabernite, esse aumento é resultado da digitalização acelerada que o mundo passou recentemente.
Agora, o momento é de olhar para as novas oportunidades do segmento. Com a digitalização e, consequentemente, o aumento do número de dados disponíveis, Cabernite acredita que o futuro das healthtechs deverá andar lado a lado com o setor financeiro.
“É algo natural. A partir do momento que você tem grandes massas de dados digitalizados de um determinado segmento, você consegue fazer uma análise e oferecer produtos financeiros”, pontuou Cabernite.
Para os empreendedores que desejam investir nessa união, o conselho do CEO é analisar a carteira de clientes – sejam eles hospitais, clínicas ou laboratórios – e tentar analisar se o oferecimento de crédito dentro da plataforma é viável para a healthtech.
Caso ele entenda que sim, a orientação de Cabernite é que o empreendedor busque por opções White Label – aquelas em que a marca do cliente é embutida no serviço.
“Essas soluções financeiras demoram para serem desenvolvidas, por isso, contratar o serviço em formato White Label é mais vantajoso”, defendeu.
Ao embutir esse serviço, todos os dados da healthtech, desde a quantidade de clientes aos custos envolvidos, são compartilhados com um fornecedor de crédito, por exemplo, o que permite uma proposta mais competitiva e assertiva para o cliente.
Para o futuro, a aposta de Cabernite é que o setor se desenvolva cada vez mais, com um crescimento que ele descreve como “infinito”.