A detecção precoce do câncer de próstata poderá se tornar tão fácil para os homens quanto os testes de gravidez comprados na farmácia são para as mulheres. Depois de anos de pesquisas, químicos da Universidade da Califórnia em Irvine (EUA) criaram uma técnica para identificar claramente os biomarcadores do câncer de próstata na urina. A doença pode ser detectada mais cedo e com mais precisão.
PSMA – Antígeno de membrana específico da próstata
Um relatório recente concluiu que o exame PSA (antígeno prostático específico), pode ser mais prejudicial do que benéfico, embora continue a ser importante para a detecção do câncer de próstata recorrente.
Os pesquisadores agora usaram um biomarcador diferente, o PSMA (Prostate-Specific Membrane Antigen, ou antígeno de membrana específico da próstata).
Eles usaram uma combinação de produtos químicos facilmente disponíveis e sensores eletrônicos para vencer os desafios de analisar a urina e criar o novo exame.
O sal na urina ajuda a conduzir eletricidade, mas também atrapalha o funcionamento dos biossensores para diferenciar os “sinais” das moléculas de câncer dos “ruídos” em torno deles nos eletrodos.
Kritika Mohan e seus colegas desenvolveram um novo tipo de sensor, acrescentando receptores de proteína em nanoescala em pequenos vírus cilíndricos, chamados fagos, que vivem somente dentro de bactérias.
Envelopando duplamente os fagos com receptores adicionais aumentou fortemente a captura de sinais das moléculas do câncer.
O próximo passo é realizar ensaios clínicos humanos, algo que os pesquisadores esperam ser feito muito rapidamente, uma vez que o exame é totalmente não invasivo.
Teste caseiro para câncer de próstata
Outros testes de câncer de próstata que estão para chegar ao mercado vão custar até US$ 4.000 cada.
“Nosso objetivo é um dispositivo do tamanho de um teste de gravidez caseiro, com preços em torno de US$ 10. Você poderá comprá-lo na farmácia ou na mercearia e examinar a si mesmo,” disse o professor Reginald Penner, coordenador da equipe.
A pesquisa prossegue, estando sendo avaliados agora outros biomarcadores para avaliar se o câncer, uma vez instalado, está se espalhando de forma agressiva ou não.
Informações obtidas no Diário da Saúde