O JUCA JAZZ FESTIVAL ocorrerá em duas cidades vizinhas com fortes laços econômicos e culturais. O choro e o jazz que têm raízes em comum, representarão a música das Américas, para enaltecer seus ícones, as origens, celebrar a paz e a união entre os povos. Abril 2024, entrada gratuita. É pra todo mundo!
23 – Dia Nacional do Choro, em Nova Odessa, SP.
Banda Sinfônica Municipal de Nova Odessa “Professor Gunars Tiss”, regência: Marco Almeida Junior. Participação do grupo Largando Brasa. Praça José Gazzetta, Centro. A partir das 18h, DJ Viny Blanco – 20h30 concerto. Entrada gratuita.
Apoio: Departamento de Cultura e Turismo de Nova Odessa.
30 – Dia Internacional do Jazz e Dia Municipal do Jazz, em Americana, SP.
Orquestra Sinfônica de Americana, regência: Álvaro Peterlevitz e Americana Jazz Big Band, direção artística: Guilherme Mauad. Participação da cantora Odara, uma jovem revelação regional.
Teatro Municipal “Lulu Benencase”, 20h30. Entrada gratuita na bilheteria do teatro ou pelo site www.entravip.com.br – Doação voluntária, não obrigatória: 1 kg de alimento não perecível. A entrega deverá ser realizada na entrada do evento.
Apoio: Secretaria de Cultura e Turismo de Americana.
O Juca Jazz Festival participa oficialmente, desde 2017, do International Jazz Day, evento global promovido pela Unesco e Herbie Hancock Institute of Jazz.
O Juca Jazz Festival é realizado através de esforço coletivo independente e viabilizado por meio de apoios da iniciativa pública e privada de instituições, empresas e pessoas que valorizam, apoiam e incentivam a arte e a cultura:
Apoio Institucional: Secretaria de Cultura e Turismo de Americana e Departamento de Cultura e Turismo de Nova Odessa.
Apoio: Clube de Artesanato, M. Politano, +Um Hits, Lampejos, Laércio Ilhabela, Lenir Boldrin, DJ DJazz e Viny Blanco.
Agradecimentos: Gustavo Sartori Barba, aos maestros, músicos, equipes técnica e estafes.
Direção geral: Juarez Godoy Arte e Cultura
Realização: Coletivo Movimento Juca Jazz
JUCA JAZZ
Em 8 anos de existência, o Movimento Juca Jazz oportunizou e fomentou o mercado de trabalho para centenas de músicos. Além disso, proporcionou ao público, o acesso à arte musical de altíssima qualidade. Trouxe para as apresentações fãs do estilo, jovens interessados em conhecer e elevou os parâmetros de qualidade nas apresentações culturais e de entretenimento da região. O Movimento Juca Jazz com seus eventos, incluindo o Juca Jazz Festival, contribui de forma efetiva na formação de público para a arte musical – “Uma pequena revolução cultural no interior Paulista”. O Juca Jazz contempla a música jazz em suas diversas vertentes: música instrumental, jazz, blues, choro, bossa nova e frevo – estilos icônicos que conta com grandes músicos atuando em todo o Brasil e também, na Região Metropolitana de Campinas e cidades vizinhas, reconhecido celeiro de músicos em vários estilos e instrumentos.
Com a realização de mais de uma centena de eventos e participação oficial, desde 2017, do International Jazz Day, evento global promovido pela Unesco e Herbie Hancock Institute of Jazz, o Movimento Juca Jazz, foi reconhecido pela imprensa, pela crítica e pelo público. Recebeu todos os prêmios e honrarias oficiais existentes no município. A partir e em virtude do Juca Jazz, Americana instituiu oficialmente em 2018, o Dia Municipal do Jazz.
DIA NACIONAL DO CHORO
O Dia Nacional do Choro é comemorado em 23 de abril, data de nascimento de Pixinguinha, uma das figuras mais representativas da Música Popular Brasileira, e do choro.
Considerado um gênero nascido originalmente no Brasil, o choro, ou chorinho, surge no cenário musical em meados do século XIX. Historiadores concordam que o chorinho brasileiro é um estilo peculiar de interpretar diversos gêneros musicais, como a polca russa, a valsa, o schottisches, a quadrilha, entre outros. O choro hoje é um dos mais originais estilos de música, essencialmente instrumental. Nascido no Rio de Janeiro, o choro ganhou forte expressão nacional, tornando-se um símbolo da cultura brasileira.
Podemos dizer que a história do Choro começa em 1808, ano em que a Família Real portuguesa chegou ao Brasil. Depois de ser promulgada capital do Reino Unido do Brasil, Portugal e Algarves, o Rio de Janeiro passou por uma reforma urbana e cultural, quando foram criados muitos cargos públicos.
Com a corte portuguesa vieram instrumentos de origem europeia, como o piano, clarinete, violão, saxofone, bandolim, cavaquinho, e também músicas de dança de salão européias, como a valsa, quadrilha, mazurca, modinha, minueto, xote e, principalmente, a polca, que viraram moda nos bailes daquela época.
O nome Choro pode derivar da maneira chorosa de se tocar as músicas estrangeiras no final do século XIX e os que a apreciavam passaram a chamá-la de música de fazer chorar. Daí o termo Choro. O termo pode também derivar de “xolo”, um tipo de baile que reunia os escravos das fazendas, expressão que, por confusão com a parônima portuguesa, passou a ser conhecida como “xoro” e finalmente, na cidade, a expressão começou a ser grafada com “ch”. Outros defendem, ainda, que a origem do termo é devido à sensação de melancolia transmitida pelas “baixarias” do violão.
A reforma urbana, os instrumentos e as músicas estrangeiras, juntamente com a abolição do tráfico de escravos no Brasil em 1850, podem ser considerados a base, o caldo, para o surgimento do Choro, já que possibilitou o surgimento de uma nova classe social nos subúrbios do Rio de Janeiro, composta por funcionários públicos, instrumentistas de bandas militares e pequenos comerciantes, geralmente de origem negra.
É desse encontro de manifestações e culturas que surgiu o Choro, que foi encontrar em seus compositores pioneiro a sua formatação musical e as primeiras composições originais, sendo eles Joaquim Callado, Anacleto de Medeiros, Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazareth.
Chiquinha Gonzaga
Chiquinha Gonzaga é até hoje o maior nome feminino do choro, além de fazer época e romper barreiras coma artista, vivendo em um Brasil imperial. A coragem com que enfrentou a opressora sociedade patriarcal e criou uma profissão inédita para a mulher, causou escândalo em seu tempo. Atuando no rico ambiente musical do Rio de Janeiro do Segundo Reinado, Chiquinha Gonzaga não hesitou em incorporar ao seu piano toda a diversidade que encontrou, sem preconceitos. Assim, terminou por produzir uma obra fundamental para a formação da música brasileira.
Francisca Edwiges Neves Gonzaga nasceu no Rio de Janeiro, em 17 de outubro de 1847, filha de militar de ilustre linhagem no Império, com uma filha de escrava. A menina cresceu e se educou num período de grandes transformações na vida da cidade. Além de escrever, ler e fazer cálculos, estudar o catecismo, e outras prendas femininas, a jovem sinhazinha aprendeu a tocar piano. Educada para ser dama de salão, aos 16 anos Chiquinha se casou com o promissor empresário Jacinto Ribeiro do Amaral, escolhido por seu pai. Continuou dedicando atenção ao piano, para desespero do marido, que não gostava de música e encarava o instrumento como seu rival. Inquieta e determinada, Chiquinha se rebelou e decidiu abandonar o casamento ao se apaixonar pelo engenheiro João Batista de Carvalho, com quem passou a viver.
A Chiquinha Gonzaga que emerge no cenário musical do Rio de Janeiro em 1877, após desilusão amorosa, maldição familiar, condenações morais e desgostos pessoais é uma mulher que precisa sobreviver do que sabia fazer: tocar piano. Ninguém ousara tanto. Praticar música ao piano, ou até mesmo compor e publicar, não era incomum às senhoras de então, mas sempre mantendo o respeito ao espaço feminino por excelência, o da vida privada. A profissionalização da mulher como músico (e ainda mais aquele tipo de música de dança para consumo nos salões!) era fato inédito na sociedade da época. A atividade exigia talento, determinação e coragem – qualidades que não faltavam a Chiquinha Gonzaga.
São inúmeros os compositores e intérpretes do choro que fizeram história. Pixinguinha talvez seja o maior nome. Alguns, entretanto, merecem destaque, pois nos deixaram uma obra maravilhosa, sendo eles: Joaquim Callado; Anacleto de Medeiros; Ernesto Nazareth; Patápio Silva; João Pernambuco; Luís Americano; Villa-Lobos; Radamés Gnattali; Waldir Azevedo e Jacob do Bandolim.
Fato é que mesmo com o passar dos anos, décadas e séculos, o chorinho continua sendo uma música dos subúrbios urbanos.
Pixinguinha
Pixinguinha era na verdade Alfredo da Rocha Vianna Filho, nascido no Rio de Janeiro em 23 de abril de 1897 e falecido também no Rio de Janeiro, em 17 de fevereiro de 1973. Maestro, flautista, saxofonista, compositor e arranjador, Pixinguinha é até hoje reconhecido como um dos maiores compositores brasileiros em todos os tempos.
Filho do músico Alfredo da Rocha Vianna, Pixinguinha foi funcionário dos correios, e possuía uma grande coleção de partituras de choros antigos. Aprendeu música em casa, fazendo parte de uma família com vários irmãos músicos, entre eles o China (Otávio Vianna).
Obteve o primeiro emprego ainda garoto e que começou a atuar em 1912 em cabarés da Lapa e depois substituiu o flautista titular na orquestra da sala de projeção do Cine Rio Branco. Nos anos seguintes continuou atuando em salas de cinema, ranchos carnavalescos, casas noturnas e no teatro de revista.
Integrou o famoso grupo Caxangá, com Donga e João Pernambuco. A partir desse grupo, foi formado o conjunto Oito Batutas, muito ativo a partir de 1919. Na década de 1930 foi contratado como arranjador pela gravadora RCA Victor, criando arranjos celebrizados na voz de cantores como Francisco Alves ou Mário Reis. No fim da década foi substituído na função por Radamés Gnattali. Na década de 1940 passou a integrar o regional de Benedito Lacerda, passando a tocar o saxofone tenor. Algumas de suas principais obras foram registradas em parceria com o líder do conjunto, mas hoje se sabe que Benedito Lacerda não era o compositor, mas pagava pelas parcerias.
Quando compôs Carinhoso, entre 1916 e 1917 e Lamentos, em 1928, que são considerados alguns dos choros mais famosos, Pixinguinha foi criticado e essas composições foram consideradas como tendo uma inaceitável influência do jazz, enquanto hoje em dia podem ser vistas como avançadas demais para a época. Além disso, “Carinhoso” na época não foi considerado choro, e sim uma polca.
Pixinguinha passou os últimos anos de sua vida em Ramos, bairro que adorava, e morreu na igreja de Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, quando seria padrinho em uma cerimônia de batismo. Foi enterrado no Cemitério de Inhaúma.
Fonte: APPA Arte e Cultura
DIA INTERNACIONAL DO JAZZ
Em novembro de 2011, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO designou oficialmente o dia 30 de abril como o Dia Internacional do Jazz , a fim de destacar o jazz e o seu papel diplomático de unir pessoas em todos os cantos do globo. O Dia Internacional do Jazz é presidido e liderado pela Diretora Geral da UNESCO, Audrey Azoulay , e pelo lendário pianista e compositor de jazz Herbie Hancock , que atua como Embaixador da UNESCO para o Diálogo Intercultural e Presidente do Instituto Herbie Hancock de Jazz . O Instituto é a organização sem fins lucrativos encarregada de planejar, promover e produzir esta celebração anual.
O Dia Internacional do Jazz reúne comunidades, escolas, artistas, historiadores, académicos e entusiastas do jazz de todo o mundo para celebrar e aprender sobre o jazz e as suas raízes, futuro e impacto; sensibilizar para a necessidade do diálogo intercultural e da compreensão mútua; e reforçar a cooperação e a comunicação internacionais. Todos os anos, no dia 30 de abril, esta forma de arte internacional é reconhecida por promover a paz, o diálogo entre culturas, a diversidade e o respeito pelos direitos humanos e pela dignidade humana; erradicar a discriminação; promoção da igualdade de género; e promover a liberdade de expressão.
O Dia Internacional do Jazz é o culminar do Mês de Valorização do Jazz , que chama a atenção do público para o jazz e a sua extraordinária herança ao longo de Abril. Em dezembro de 2012, a Assembleia Geral das Nações Unidas saudou formalmente a decisão da Conferência Geral da UNESCO de proclamar o dia 30 de abril como o Dia Internacional do Jazz. As Nações Unidas e a UNESCO reconhecem agora o Dia Internacional do Jazz nos seus calendários oficiais.