O ex-presidente Jair Bolsonaro deixou, no fim da tarde deste sábado, o Hospital Rio Grande, em Natal, após apresentar agravamento no quadro de obstrução intestinal, sequela do atentado com faca sofrido durante a campanha presidencial de 2018.

O ex-mandatário foi transferido em uma aeronave com estrutura de UTI móvel rumo a Brasília, onde permanecerá sob os cuidados da equipe médica do hospital DF Star.

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Antes de ser levado ao aeroporto, Bolsonaro se despediu da equipe hospitalar com uma oração e acenou para apoiadores que o aguardavam na porta da unidade de saúde. A previsão é que o voo de transferência chegue à capital federal por volta das 22h deste sábado.

Segundo o próprio Bolsonaro, o médico Claudio Birolini

que acompanha seu caso desde o atentado, classificou o quadro como grave. Há possibilidade de que ele passe por nova cirurgia ainda neste domingo. A decisão dependerá da avaliação clínica a ser feita após exames mais aprofundados no DF Star.

O ex-presidente começou a sentir dores abdominais intensas na manhã de sexta-feira, enquanto participava de um evento político no interior do Rio Grande do Norte. Ele foi inicialmente atendido em Santa Cruz, a cerca de 115 km de Natal, e depois transferido para a capital, onde recebeu os primeiros cuidados especializados. O boletim médico apontava um quadro de distensão abdominal e sinais de obstrução intestinal.

Com histórico de complicações abdominais desde o atentado que sofreu em 2018 — incluindo quatro cirurgias anteriores —, Bolsonaro segue sob observação contínua. Médicos alertaram para os riscos de uma nova interrupção no trânsito intestinal, condição que já havia sido controlada anteriormente com medicação.

Em publicação nas redes sociais, o ex-presidente declarou: “As maiores batalhas, muitas vezes, não se travam em praça pública, mas dentro de nós”, sinalizando o momento delicado de saúde que enfrenta.

A transferência para Brasília contou com apoio logístico da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar e Guarda Municipal, que organizaram um esquema especial para evitar tumultos durante o deslocamento até o aeroporto.

O senador Rogério Marinho (PL-RN), que acompanha Bolsonaro no estado, confirmou a mobilização da estrutura de saúde e segurança, e informou que a equipe médica está confiante em conduzir o próximo passo do tratamento com segurança. “A decisão sobre a cirurgia será tomada em Brasília. O presidente está sendo monitorado de perto por profissionais que já conhecem o seu histórico clínico”, afirmou o parlamentar.

 

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