A nova realidade para quem trafega pelo trecho entre Americana e Santa Bárbara d’Oeste na Rodovia Luiz de Queiroz (SP-304) começa a se configurar. Foram colocadas as placas de 80 km/h, em substituição ao limite de 90 km/h que havia em alguns pontos. O DER (Departamento de Estradas de Rodagem) já instalou dezenas de radares pela região, incluindo a SP-304, mas os equipamentos ainda não estão em funcionamento.
O órgão prevê 33 redutores ao longo da rodovia que corta Americana, Santa Bárbara e Piracicaba, a maioria já implantada. O DER confirmou que do quilômetro 121, em Americana, até o km 137, em Santa Bárbara, a velocidade máxima será de 80 km/h. Antes o motorista podia trafegar até 90 km/h e 110 km/h, dependendo do ponto da rodovia. Depois de afixados os radares, foram cobertos com sacos plásticos pretos para os motoristas saberem que ainda não estão em operação, pois haverá a homologação e somente depois a fiscalização começa.
Período de testes
Após o período de testes, com duração aproximada entre 30 e 45 dias, os radares passam por calibragem. E o processo de homologação pode durar entre 30 e 60 dias. O objetivo do órgão vinculado ao Governo do Estado de São Paulo é diminuir a quantidade de acidentes. Com isso, os aparelhos devem estar prontos para o início da fiscalização de velocidade até a primeira quinzena de setembro.
Além de alguns trechos na Rodovia Luiz de Queiroz, os radares também estão sendo implantados nas rodovias barbarenses Comendador Américo Emílio Romi (SP-306), Luís Ometto (SP-306) e Margarida da Graça Martins (SP-135), nas vias novaodessenses Arnaldo Júlio Mauerberg (SPA-119/330) e Astrônomo Jean Nicolini (SPA-127/304), assim como as sumareenses Adauto Campo Dall’Orto (SPA-110/330) e Virgínia Viel Campo Dall’Orto (SPA 115/330).
Tarcísio defende
Em recente passagem pela região, o governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comentou as notícias sobre a instalação de radares em rodovias da região de Americana e Santa Bárbara d’Oeste. Segundo ele, a medida visa somete reduzir acidentes e mortes no trânsito, rechaçando a ideia de que os dispositivos busquem arrecadar dinheiro proveniente de multas dos motoristas que terão de diminuir a velocidade máxima.
“Tem muita queixa: ‘Pô, tá instalando radar’. Agora também, por outro lado, tem sempre as notícias: ‘Olha, tá morrendo muita gente nas rodovias, tá aumentando a quantidade de óbitos”, ponderou Tarcísio. “Toda vez que você tem concentração de ponto crítico, a gente avalia qual é a razão daquele ponto ser concentrador de acidente. Onde o problema é excesso de velocidade, a gente tá entrando com os radares”, explicou.
O governador fez questão de frisar que todos os radares serão devidamente sinalizados para garantir que os motoristas sejam avisados com antecedência. “Não tem radar pegadinha. O Estado não quer arrecadar nada, se não entrar um real eu tô satisfeito. O que eu quero é salvar vidas, quero que as pessoas fiquem mais seguras”, defendeu. A respeito da data de início de funcionamento dos radares, Tarcísio disse não haver previsão.