Você já ouviu a máxima de que estoque é dinheiro, certo? Em excesso representa recursos parados. Se for insuficiente, significa perda de vendas ou problemas na produção por falta de matéria-prima. Sendo assim, a calibragem desse quesito refletirá nas finanças do negócio. Infelizmente, tal controle é falho em muitas micro e pequenas empresas.
 O gerenciamento eficiente começa com a previsão de demanda. Calcular bem quantidades é muito importante, principalmente, quando se trata de produtos perecíveis ou dependentes de moda. Para fazer o cálculo, você pode partir do seguinte raciocínio: suponha que sua loja venda, em média, cinco unidades de um produto por dia e o tempo de reposição do fornecedor é de dois dias. O pedido para recompor o estoque deverá ser feito quando houver dez unidades no estabelecimento. Você pode trabalhar com mais mercadoria como margem de segurança para casos de atraso ou procura extra pelo consumidor. Lembre-se de que o espaço físico é determinante, já que interfere no volume e nas condições de armazenamento. Deve estar organizado por tipo de artigo, com seus lugares definidos e uma lógica para facilitar a visualização, acesso e monitoramento. Com tudo em ordem, os espaços podem ser mais bem aproveitados, inclusive para outras finalidades. Além do controle visual, o estoque deve ser acompanhado por meio de fichas ou sistema informatizado. ?? fundamental que os registros espelhem o que existe fisicamente. Não pode haver saída ou entrada sem contabilização. A precisão dessas informações evita que se enfraqueça a noção da necessidade de capital de giro e da demanda por algum item. Outro ponto crucial é fazer inventários periódicos para identificar perdas ou furtos; quando aparecerem diferenças, estas devem ter a causa investigada. Além disso, é muito útil para as finanças e planejamento de gastos constar o custo de aquisição das mercadorias. Outro princípio que você pode adotar: quando o dinheiro disponível estiver baixo, o estoque não deve estar alto. Gerir bem esta área só trará benefícios para o caixa da empresa. Cuide disso. Você tem uma história de empreendedorismo para contar? Escreva para mim (bcaetano@sebraesp.com.br). Este espaço também é seu. Bruno Caetano é diretor superintendente do Sebrae-SP