Até meados de maio, todas as pessoas que se dirigirem ao OMA (Observatório Municipal de Americana) nas sessões públicas que ocorrem às sextas-feiras, das 19h às 22h, poderão observar através de potentes telescópios o maior planeta do Sistema Solar: Júpiter, o Zeus dos gregos e suprema autoridade do Olimpo.
A olho nu ele é facilmente identificado a Leste, a partir das 21h20, na constelação de Câncer como uma brilhante “estrela” de cor branco-amarelada. Ao telescópio, contudo, a visão do planeta é uma experiência única que suscita admiração em todas as pessoas. Não há quem fique indiferente aquele globo luminoso entrecortado por faixas claras e escuras e emoldurado por quatro brilhantes satélites. O “Rei dos Planetas” assim chamado em razão do seu gigantesco volume ??? no qual caberiam 1.300 Terras ou, todos os planetas reunidos ??? é considerado pelos astrofísicos como o mais importante membro do sistema solar. Isto porque, entre outras, se esse gigante gasoso fosse quatro vezes maior, seria uma estrela (em razão da pressão que os gases, hidrogênio e hélio principalmente, exerceriam sobre seu núcleo, fazendo iniciar o processo da fusão nuclear). Por isso, é comum os astrônomos considerarem Júpiter como “uma estrela que não deu certo”.Campeão em tamanho, em importância, ele o é também em número de satélites: contagens mais recentes identificam algo em torno de 70 luas. Um “sistema solar” em miniatura. Ao telescópio, contudo, são visíveis somente os quatro principais, descobertos em 1610 por Galileu Galilei (1564-1642) e por isso mesmo chamados satélites galileanos. São todos muito grandes. Com exceção de Europa, os outros três, Io, Ganimedes e Calisto são maiores que a nossa Lua. Ganimedes, com 5268 km de diâmetro, é mesmo maior que o planeta Mercúrio (!) e o maior satélite natural do sistema solar!Assim como Saturno, Júpiter também possui anéis, porém muito finos, que somente são vistos pelas sondas espaciais. Apesar das belíssimas fotografias obtidas pelo Telescópio Espacial Hubble e as sondas Voyager e Galileu, nada se compara a sensação da observação ao vivo através de um potente telescópio. Na Astronomia, Júpiter é o “Rei dos Planetas”, o que se justifica, pois sozinho ele é duas vezes e meia mais massivo do que todos os planetas reunidos. Misteriosamente ele emite duas vezes e meia mais energia que recebe do Sol. Sua velocidade crítica de fuga é cinco vezes maior que a nossa ou seja, 59 km/s (na Terra de 11,2 km). Isso significa que lá nossos foguetes não iriam escapar da gravidade, e esta faria que você, pesando na Terra 70 kg, lá pesaria quase 200 e mal conseguiria andar! O gigante gasoso feericamente colorido, com uma rotação de 9h55m faz com que, ao telescópio, observa-se claramente que o planeta é fortemente achatado nos polos. Com uma inclinação de apenas 3° sobre o plano de sua órbita, lá não ocorrem estações do ano, pois seus polos estão sempre virados para cima.Na mitologia, Júpiter – ou Zeus, dos gregos – era o deus supremo, filho de Saturno (Cronos) e Réia. Sua principal função era manter a harmonia e a ordem no mundo. Em AmericanaO OMA fica localizado no Parque Ecológico “Cid Almeida Franco”, com entrada privativa pela Rua Itacolomi, nº 1113, Jardim Ipiranga. Visitas públicas acontecem às sextas feiras, das 19h às 22h, e as escolares continuam suspensas temporariamente. Grupos interessados podem também visitar o OMA, mediante prévio agendamento pelo telefone (19) 3407.2985. A entrada é franca. O OMA não abre suas portas em dias nublados e/ou chuvosos.