No fim, as pesquisas de opinião em Israel erraram mais uma vez. O premiê, Binyamin Netanyahu, obteve uma votação muito maior do que as sondagens haviam indicado. Com quase 99% dos votos contados, a apuração dá ao seu partido, o Likud, 30 das 120 cadeiras do Parlamento. A União Sionista, de centro-esquerda, conquistou 24.
Para formar o governo, é preciso obter 61 cadeiras. Isso significa que Netanyahu conduzirá as negociações para formar uma coalização de governo. Segundo uma nota do Likud, o premiê “pretende completar essa tarefa entre duas a três semanas”. Quando as urnas foram fechadas, seu principal adversário, Yitzhak Herzog, líder da União Sionista, disse acreditar que o resultado ficaria perto de um empate – o melhor resultado para a esquerda em mais de 20 anos.
Mas durante a noite, à medida que os resultados iam sendo divulgados, Netanyahu e seu partido emergiam como claros ganhadores do pleito. As pesquisas indicavam a vitória folgada de Herzog. Ele cresceu, ao longo da campanha, ao focar em questões sociais e econômicas. Teria sido um resultado sensacional para a esquerda israelense, fora do poder há uma geração.
Netanyahu era o claro favorito em dezembro, quando convocou as eleições antecipadas, mas viu os adversários crescerem nas pesquisas em questão de poucos meses.