Artigo: Dia internacional da Mulher

Brasil,

Artigo: Dia internacional da Mulher

8 de março de 2014

                     
Reconstituindo o Passado, Analisando o Presente e Idealizando o Futuro
???… o que ela fez será contado em sua memória??? (Marcos 14.9b e Mateus 26.13b).
Lá estavam elas, operárias, tecelãs, de uma fábrica de tecidos em Nova York, cidade americana, em greve. Ocuparam a fábrica, reivindicando melhores condições de vida, condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas ( as fábricas exigiam 16 horas de trabalho), equiparação de salários com os homens ( as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Em 1857 , a fábrica se tornou o holocausto onde de 129 mulheres foram cremadas.
O fogo queimou, matou, mas??? o sonho não virou fumaça, espalhou-se por todo lugar levando con­sigo o sonho daque­las mulhe­res , con­ta­gi­ando e sen­si­bi­li­zando pes­soas em todo o mundo que se encar­re­ga­ram de tor­nar rea­li­dade o sonho.
Mulheres, már­ti­res, ges­tan­tes e gestoras de um mundo melhor, ins­pi­ra­ram Clara Zet­kin, a pro­por, durante o Con­gresso Inter­na­ci­o­nal de Mulhe­res, rea­li­zado na Noru­ega em 1910, a ins­ti­tui­ção do Dia Inter­na­ci­o­nal da Mulher. Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar, mas trazer à memória o sofrimento, a luta e os sonhos dessas mulheres admiráveis, tornando-os realidade. Nos dias de hoje, a cada passagem do dia 8 de março, mulhe­res e homens de boa vontade rea­fir­mam seu compromisso e sua tarefa comum como tece­lãs e tece­lões de uma nova História.
Trago à memória o dia  24 de fevereiro de 1932,  data em que foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo. Esta conquista abriu muitas portas e possibilidades.
Uma Nova História se desenha no Brasil,  em 2004, acontece  a primeira Conferencia Nacional de Políticas para as Mulheres, realizada  pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e pelo Conselho Nacional de Direitos da Mulher. Com base nesta conferencia,   foi elaborado a  Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. 
 Tendo por finalidade, estabelecer conceitos, princípios, diretrizes e ações de prevenção e combate à violência contra as mulheres, assim como de  assistência e garantia de direitos às mulheres em situação de violência, conforme normas e instrumentos internacionais de direitos humanos e legislação nacional.

Em 2006,  Maria da Penha,  protagonista de um caso de violência doméstica e familiar contra a mulher, com sua experiência de dor e de luta,  inspirou  a criação da Lei, nº 11.340/2006, que regulamenta os casos de violência doméstica e familiar praticados contra a mulher. Esta lei foi batizada com o nome de Maria da Penha, justa homenagem, a esta ??? brava Senhora ???, tecelã de uma nova sociedade.
Em 2007 Acontece a II Conferência, que por sua vez, define como objetivo a criação de uma Política Nacional em consonância com a Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) e com convenções e tratados internacionais. Em  março de 2011,convocada pelo Decreto Presidencial a 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres se reuniu em Brasília, com  o objetivo:  de discutir e elaborar políticas públicas voltadas à construção da igualdade, tendo como perspectiva o fortalecimento da autonomia econômica, cultural e política das mulheres,contribuindo para a erradicação da extrema pobreza e para o exercício da cidadania das mulheres no Brasil.
A 3ª Conferência Nacional veio para  consolidar as propostas elaboradas nas conferências municipais e estaduais, que começaram em 1º de julho, e definir a responsabilidade do governo federal frente às demandas apresentadas pelos municípios. O Estado em parceria com a sociedade civil tem um papel importante para mudar a vida das mulheres. Entender as medidas que melhoram a situação das mulheres como políticas públicas também significa que elas não devem ser isoladas, mas parte de uma estratégia. A existência dessas políticas tem também um poder simbólico ??? que precisa ser confirmado na prática, com a efetivação dessas políticas.  A  violência doméstica contra as mulheres ainda apresenta índices alarmantes e constitui uma das maiores preocupações das brasileiras:cinco mulheres são espancadas a cada 2 minutos no Brasil; aproximadamente uma em cada cinco mulheres considera já ter sofrido algum tipo de violência de parte de um homem; a cada duas horas uma mulher é assassinada no Brasil por ex-parceiros ou homens que foram rejeitados por essas mulheres.
A violência tem consequências perversas para a saúde física e mental dessas mulheres, resulta em sentimento de culpa, isolamento, baixa autoestima , dificuldade de participar da vida pública, entre outros desdobramentos. Provavelmente a Lei Maria da Penha não será suficiente para reverter esse problema, já que a violência contra a mulher é fruto de uma sociedade patriarcal e, dessa forma, depende de mudanças sociais e culturais muito mais profundas. No entanto, a concretização integral da Lei Maria da Penha constitui um passo importante para erradicar a violência doméstica e familiar; é necessário resistir coletivamente àqueles que a questionam e a desqualificam e impulsionar para que seja dada prioridade política e orçamentária à implementação desse instrumento.
Em Santa Bárbara d´Oeste, contamos com um Conselho de Defesa e Proteção Dos Direitos da Mulher,  Delegacia dos Direitos da Mulher,  uma Casa Abrigo para Mulheres e contamos com o apoio do CRAS, CREAS e do Centro de referencia da Saúde da Mulher. ???O presente não é um passado em potência; ele é o momento da escolha e da ação???. (Simone de Beauvoir)
revda Ione da Silva- presidente do CMDDM/SBO

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8 de março de 2014

                     
Reconstituindo o Passado, Analisando o Presente e Idealizando o Futuro
???… o que ela fez será contado em sua memória??? (Marcos 14.9b e Mateus 26.13b).
Lá estavam elas, operárias, tecelãs, de uma fábrica de tecidos em Nova York, cidade americana, em greve. Ocuparam a fábrica, reivindicando melhores condições de vida, condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas ( as fábricas exigiam 16 horas de trabalho), equiparação de salários com os homens ( as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Em 1857 , a fábrica se tornou o holocausto onde de 129 mulheres foram cremadas.
O fogo queimou, matou, mas??? o sonho não virou fumaça, espalhou-se por todo lugar levando con­sigo o sonho daque­las mulhe­res , con­ta­gi­ando e sen­si­bi­li­zando pes­soas em todo o mundo que se encar­re­ga­ram de tor­nar rea­li­dade o sonho.
Mulheres, már­ti­res, ges­tan­tes e gestoras de um mundo melhor, ins­pi­ra­ram Clara Zet­kin, a pro­por, durante o Con­gresso Inter­na­ci­o­nal de Mulhe­res, rea­li­zado na Noru­ega em 1910, a ins­ti­tui­ção do Dia Inter­na­ci­o­nal da Mulher. Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar, mas trazer à memória o sofrimento, a luta e os sonhos dessas mulheres admiráveis, tornando-os realidade. Nos dias de hoje, a cada passagem do dia 8 de março, mulhe­res e homens de boa vontade rea­fir­mam seu compromisso e sua tarefa comum como tece­lãs e tece­lões de uma nova História.
Trago à memória o dia  24 de fevereiro de 1932,  data em que foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo. Esta conquista abriu muitas portas e possibilidades.
Uma Nova História se desenha no Brasil,  em 2004, acontece  a primeira Conferencia Nacional de Políticas para as Mulheres, realizada  pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e pelo Conselho Nacional de Direitos da Mulher. Com base nesta conferencia,   foi elaborado a  Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. 
 Tendo por finalidade, estabelecer conceitos, princípios, diretrizes e ações de prevenção e combate à violência contra as mulheres, assim como de  assistência e garantia de direitos às mulheres em situação de violência, conforme normas e instrumentos internacionais de direitos humanos e legislação nacional.

Em 2006,  Maria da Penha,  protagonista de um caso de violência doméstica e familiar contra a mulher, com sua experiência de dor e de luta,  inspirou  a criação da Lei, nº 11.340/2006, que regulamenta os casos de violência doméstica e familiar praticados contra a mulher. Esta lei foi batizada com o nome de Maria da Penha, justa homenagem, a esta ??? brava Senhora ???, tecelã de uma nova sociedade.
Em 2007 Acontece a II Conferência, que por sua vez, define como objetivo a criação de uma Política Nacional em consonância com a Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) e com convenções e tratados internacionais. Em  março de 2011,convocada pelo Decreto Presidencial a 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres se reuniu em Brasília, com  o objetivo:  de discutir e elaborar políticas públicas voltadas à construção da igualdade, tendo como perspectiva o fortalecimento da autonomia econômica, cultural e política das mulheres,contribuindo para a erradicação da extrema pobreza e para o exercício da cidadania das mulheres no Brasil.
A 3ª Conferência Nacional veio para  consolidar as propostas elaboradas nas conferências municipais e estaduais, que começaram em 1º de julho, e definir a responsabilidade do governo federal frente às demandas apresentadas pelos municípios. O Estado em parceria com a sociedade civil tem um papel importante para mudar a vida das mulheres. Entender as medidas que melhoram a situação das mulheres como políticas públicas também significa que elas não devem ser isoladas, mas parte de uma estratégia. A existência dessas políticas tem também um poder simbólico ??? que precisa ser confirmado na prática, com a efetivação dessas políticas.  A  violência doméstica contra as mulheres ainda apresenta índices alarmantes e constitui uma das maiores preocupações das brasileiras:cinco mulheres são espancadas a cada 2 minutos no Brasil; aproximadamente uma em cada cinco mulheres considera já ter sofrido algum tipo de violência de parte de um homem; a cada duas horas uma mulher é assassinada no Brasil por ex-parceiros ou homens que foram rejeitados por essas mulheres.
A violência tem consequências perversas para a saúde física e mental dessas mulheres, resulta em sentimento de culpa, isolamento, baixa autoestima , dificuldade de participar da vida pública, entre outros desdobramentos. Provavelmente a Lei Maria da Penha não será suficiente para reverter esse problema, já que a violência contra a mulher é fruto de uma sociedade patriarcal e, dessa forma, depende de mudanças sociais e culturais muito mais profundas. No entanto, a concretização integral da Lei Maria da Penha constitui um passo importante para erradicar a violência doméstica e familiar; é necessário resistir coletivamente àqueles que a questionam e a desqualificam e impulsionar para que seja dada prioridade política e orçamentária à implementação desse instrumento.
Em Santa Bárbara d´Oeste, contamos com um Conselho de Defesa e Proteção Dos Direitos da Mulher,  Delegacia dos Direitos da Mulher,  uma Casa Abrigo para Mulheres e contamos com o apoio do CRAS, CREAS e do Centro de referencia da Saúde da Mulher. ???O presente não é um passado em potência; ele é o momento da escolha e da ação???. (Simone de Beauvoir)
revda Ione da Silva- presidente do CMDDM/SBO

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