Nos dias 23 e 24 de junho, telejornais, jornais, sites e blogs repercutiram nome do deputado após depoimento de delator à Justiça Federal.
Nesta terça-feira (30/06), o deputado federal José Mentor (PT-SP), divulgou nota oficial para esclarecer ao público sobre as notícias veiculadas nos dias 23 e 24 de junho em telejornais, jornais, sites e blogs, após o depoimento do doleiro Alberto Youssef à Justiça Federal. Ele explica que não se trata de um fato novo, mas das ???mesmas inverdades??? declaradas pelo doleiro em delação premiada que ???baseou a lista de pedidos de investigações??? divulgada no início de março deste ano.O deputado também destaca que os fatos descritos pelo doleiro ???não podem merecer credibilidade???, lembra que em 2003 Alberto Youssef teve sigilo quebrado pela CPMI do Banestado, da qual José Mentor foi o relator, e que na época o doleiro não cumpriu o acordo de delação ao proteger clientes. Ao final, o petista refirma que dará as explicações necessárias às autoridades competentes.Confira integra da nota do deputado José Mentor:Em virtude da notícia veiculada pela mídia na semana passada (dias 23 e 24/06), esclarecemos que:1. O doleiro Alberto Youssef no depoimento que prestou ao Juiz Sérgio Moro na terça-feira (23/06/2015) repetiu as mesmas inverdades que já havia exposto na delação premiada que baseou a lista de pedidos de investigações apresentadas pelo Procurador Geral da República, em março passado.2. Os fatos narrados pelo doleiro delator, tanto no depoimento quanto na delação, não podem merecer credibilidade, primeiro porque se trata da palavra única de delator que, como hoje já reiterado por professores de direito, advogados e juristas renomados, juízes, ministros e ex-ministros de Tribunais Superiores, não pode produzir, isoladamente, prova contra ninguém. Para ser considerada deve ser comprovada.3. Segundo, porque, como doleiro, Alberto Youssef teve seu sigilo internacional, pela primeira vez, quebrado em 2003 pela CPMI do Banestado, da qual fui relator e que produziu provas inquestionáveis utilizadas pela Polícia e Ministério Público Federais no desbaratamento, na ocasião, do mercado paralelo de câmbio no Brasil, provocando inúmeras prisões e condenações pelo Poder Judiciário.4. Terceiro porque, depois de ser interrogado durante várias horas por mim e outros membros da CPMI do Banestado em 2003, Alberto Youssef conheceu as provas que contra ele já existiam na investigação parlamentar do Banestado e, em consequência, fez sua primeira delação à Justiça do Paraná. E lá também mentiu, iludiu o Juiz Sérgio Moro na época onde, segundo consta, somente entregou os doleiros seus concorrentes e protegeu seus clientes, principalmente, os do PSDB. E, contrariando e desrespeitando a delação, voltou a delinquir.5. Reafirmo que instado pelas autoridades competentes darei as explicações que cabem sobre as declarações do delator doleiro.São Paulo (SP), 29 de junho de 2015.José MentorDeputado Federal ??? PT/SP