A condução coercitiva do presidente Lula para depor nesta sexta-feira foi mais uma afronta à democracia, aos direitos constitucionais, além de servir a propósitos claros de criar um espetáculo midiático e induzir a população a análises equivocadas.
Foi uma tentativa de dar um passo a mais no golpe que se pretende engendrar para a derrubada da presidenta Dilma e para a desconstrução de Lula, um líder popular, um líder mundial, e o melhor presidente que o Brasil já teve. Tentam, também, aniquilar o PT. Não vão conseguir.
Somos mais fortes porque temos uma história de justiça social e de construção coletiva. Essa é a diferença para nossos adversários que ainda não desceram do palanque de 2014 e tentam, a todo custo, pôr um pé no de 2018 utilizando-se de setores da imprensa e do judiciário. Vão ficar no meio do caminho, onde é o lugar que a história lhes reserva. Vão ficar no meio do caminho, porque lhes falta o que mostrar à população brasileira.
Os desmandos pirotécnicos desta sexta-feira serão um marco na história política deste país. Ficarão em nossa memória como combustível de luta pela democracia, pela preservação dos direitos e pelo cumprimento da lei. Não se pode rasgar a Constituição, sob a pena de passar para a história como pequenos caudilhos.
Não se é contra a investigação e o combate à corrupção. Insisto no muito já dito: jamais se combateu o malfeito como agora. A maioria dos instrumentos utilizados hoje para o combate à corrupção tem um passado recente, do início dos anos 2000 para cá, ou, desde Lula para cá. Antes, as denúncias ficavam pelo meio do caminho, conforme convinha aos plantonistas do poder. Eram simplesmente engavetadas. Como são, muitas e muitas vezes, no estado de São Paulo.
E o espetáculo de hoje pouco tem a ver com o combate à corrupção. Tem a ver com a tentativa de aniquilar um líder, um governo e um partido. Utilizar-se de desmedida força para obter um simples depoimento de quem quer que seja soa como abuso inadmissível na democracia e uma afronta à letra da Lei. Soa ao que de pior há no jogo político brasileiro. São exceções perigosas.
Mas Lula e Dilma têm e terão todo o nosso apoio. Seguiremos de cabeça erguida ao lado dos nossos líderes para defender nossos ideais e a nossa história, coisa que a oposição nunca pôde fazer. A luta continua, seguramente.
Márcia Lia Deputada estadual