A prefeitura de Sumaré ‘queimou a largada’ e tornou mais difícil o processo de privatização do DAE da cidade, previsto para esse ano. Ao anunciar na mídia e pegar a sociedade de surpresa, o grupo da prefeita Cristina Carrara (PSDB) criou o primeiro mal estar. A desculpa de insolvência ficou em segundo plano uma vez que a surpresa foi o fato mais importante.
MODELOS- Todos os modelos de privatização passam por um amplo debate inicial com setores da sociedade (sindicatos, associações, investidores, políticos, igrejas) para se formar um padrão do que se espera. A medida inicial seria o governo ouvir desses setores o que eles pensam do sistema de água da cidade. Ainda que no método ‘para inglês ver’, serviria bastante as especulações do governo com interlocutores da sociedade para vacinar o anúncio.
A EXPLOS??O- Como todos foram pegos ao mesmo tempo, ficou mais fácil para os críticos explorarem o tema e praticamente ninguém estava hábil para sair em defesa do projeto do governo.
ANO RUIM E SITUA????O INSTÁVEL- Dois problemas rondam ainda a proposta de privatização do DAE de Sumaré. O primeiro é que estamos em ano eleitoral, que é ruim, e o PSDB paulista não quer saber de falar em privatização como tema de campanha. O outro ponto de instabilidade é que Cristina ainda não venceu em todas as instâncias o pedido de cassação feito no TRE. O caso deve ir a julgamento no primeiro semestre em Brasília (TSE) e a instabilidade da situação deveria ter sido calculada no processo.