A Geração Z – nascida entre a segunda metade dos anos 90 até o início da década de 2010 – é a mais sóbria de todos os tempos. Um estudo internacional do Health Behaviour in School-aged Children (HBSC), patrocinado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), revela que os jovens e adolescentes estão bebendo menos do que nunca. No geral, apenas 8% bebem álcool toda semana, um terço dos que tinham a mesma idade em 2006.
Além disso, 76% acreditam que tomar cinco ou seis drinques em um fim de semana pode causar problemas.
Outro estudo que corrobora com esse cenário, desenvolvido nos Estados Unidos em 2020, constatou que, entre os universitários, os que não bebem álcool cresceram de 20% para 28% em uma década. E dos que consomem álcool, 27% só tomam uma vez por mês, e 25% uma vez por semana.
Osni Junior Santos, psicólogo e professor do curso de Psicologia da UniCesumar, elenca alguns motivos pelos quais a Geração Z é a mais sóbria atualmente.
“O uso de álcool era mais bem visto em geração anteriores, desde o âmbito familiar até em iniciações sociais. Se embriagar era visto como algo descolado, jovial e uma forma de descontração. Hoje, quem bebe é, muitas vezes, visto como inconsequente, e já não é um comportamento tão bem-visto na família. Fazer parte de um grupo não necessariamente implica o uso de drogas, mesmo entre os jovens”, pontua o professor.
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Os benefícios do não-consumo de álcool são grandes. Osni aponta a não dependência, diminuição dos gastos, ausência de exposição desnecessária em casos de embriaguez e um maior potencial de escolha a nível racional como os principais.
Alternativas adotadas pelos jovens (Geração Z)
O consumo de bebidas sem álcool tem ficado cada vez mais comum entre a Geração Z. O psicólogo explica que a forma dos jovens se divertirem mudou, e é comum que eles se dirijam a bares para conversarem e consumirem comidas, sem necessariamente o envolvimento de drogas lícitas. “Outras alternativas como os cafés, esportes e encontros têm sido mais bem aceitos”, finaliza.
Diminuição do consumo de álcool é uma tendência que veio pra ficar?
Para o psicólogo, sim. Não somente em relação ao álcool, mas também uma tendência à diminuição do uso excessivo das redes sociais, uma valorização maior à alimentação saudável e à saúde do corpo.
“O comportamento humano passa por ciclos, é como se a exposição sexual, o consumo de drogas, incluindo o álcool e o cigarro, a má alimentação e o uso excessivo de tecnologia, tenham chegado ao seu ápice. Logo, o ser humano, que se adapta ao ambiente, percebe todo o prejuízo causado por tais práticas e começa a fazer o caminho inverso, quase que em busca de redenção”, pontua Osni.
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