O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva participou de eventos políticos no interior da Bahia no início da semana e defendeu a reeleição da presidente Dilma Rousseff, que, segundo ele, estaria ???apanhando das elites???, como nunca antes na história ‘deste’ país, por ser mulher e por seu governo privilegiar os pobres. O ex-presidente disse que Dilma será reeleita para a ???desgraça das elites brasileiras???. Entusiasmado, Lula afirmou que sua ???missão foi cumprida no país???, dando mostras mais uma vez de que não pretende ser candidato em 2014, e que a oposição teme a reeleição da Dilma como ponte para a sua volta em 2018. Lula ressaltou as conquistas para os mais pobres e afirmou que o governo do ???peão metalúrgico recuperou a dignidade do país???. O ex-presidente foi agraciado com o título de cidadão são franciscano, cidade que lhe deu, em 2002, 94% dos votos. O gesto ???palanqueiro??? de Lula desperta fúria em adversários e anima aliados, sobretudo a militância petista. Há cálculo político em seus excessos. O ex-presidente sobe o tom em um momento de fraqueza da presidente e de especulações a respeito de sua volta. O retorno de Lula seria um atestado de fracasso da Dilma como presidente e de Lula como avalista político. A idade, a saúde e o medo de um próximo governo não sair como o combinado são detalhes que também devem pesar para que o ex-presidente se dedique exclusivamente à sua apadrinhada. Se a avaliação da presidente Dilma estivesse no mesmo patamar de maio de 2013, Lula não teria engrossado seu discurso nem estaria se expondo com tamanha freqüência. Dilma aparecia na faixa dos 57%, de ótimo e bom, hoje este índice é de 35%. Apesar de a média de avaliação positiva da presidente ser maior que a de Lula em seu primeiro mandato e maior que a maior de FHC em seu primeiro mandato, o momento do governo é turbulento, pela relação tempestuosa com a base governista, que gerou a crise da Petrobrás, pelo medo de a Copa ser palco de tragédias e manifestações, e também pelo crescimento repentino do candidato do PSDB, Aécio Neves. Os antídotos petistas para conter o avanço da oposição e a queda da presidente Dilma passam pelas vitórias no Parlamento (nas batalhas das CPIs), pelas propagandas positivas da Copa, pela comparação do período tucano com o período petista (dando destaque para os indicadores sociais e econômicos), pelos pronunciamentos da presidente Dilma, pelas benesses sociais e pela entrada precoce do presidente Lula, na briga. Resta saber se os resultados serão imediatos, para arrefecer o processo de fritura da presidente. As campanhas publicitárias recentes do PT apelam para o medo ao afirmarem que o Brasil não pode voltar aos tempos de desemprego e baixa capacidade de consumo dos brasileiros pobres (tempos FHC) e demonstram que os tempos de autoconfiança e ufanismo deram lugar aos tempos de cautela e preocupação. Sinal de alerta acionado.
O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva participou de eventos políticos no interior da Bahia no início da semana e defendeu a reeleição da presidente Dilma Rousseff, que, segundo ele, estaria ???apanhando das elites???, como nunca antes na história ‘deste’ país, por ser mulher e por seu governo privilegiar os pobres. O ex-presidente disse que Dilma será reeleita para a ???desgraça das elites brasileiras???. Entusiasmado, Lula afirmou que sua ???missão foi cumprida no país???, dando mostras mais uma vez de que não pretende ser candidato em 2014, e que a oposição teme a reeleição da Dilma como ponte para a sua volta em 2018. Lula ressaltou as conquistas para os mais pobres e afirmou que o governo do ???peão metalúrgico recuperou a dignidade do país???. O ex-presidente foi agraciado com o título de cidadão são franciscano, cidade que lhe deu, em 2002, 94% dos votos. O gesto ???palanqueiro??? de Lula desperta fúria em adversários e anima aliados, sobretudo a militância petista. Há cálculo político em seus excessos. O ex-presidente sobe o tom em um momento de fraqueza da presidente e de especulações a respeito de sua volta. O retorno de Lula seria um atestado de fracasso da Dilma como presidente e de Lula como avalista político. A idade, a saúde e o medo de um próximo governo não sair como o combinado são detalhes que também devem pesar para que o ex-presidente se dedique exclusivamente à sua apadrinhada. Se a avaliação da presidente Dilma estivesse no mesmo patamar de maio de 2013, Lula não teria engrossado seu discurso nem estaria se expondo com tamanha freqüência. Dilma aparecia na faixa dos 57%, de ótimo e bom, hoje este índice é de 35%. Apesar de a média de avaliação positiva da presidente ser maior que a de Lula em seu primeiro mandato e maior que a maior de FHC em seu primeiro mandato, o momento do governo é turbulento, pela relação tempestuosa com a base governista, que gerou a crise da Petrobrás, pelo medo de a Copa ser palco de tragédias e manifestações, e também pelo crescimento repentino do candidato do PSDB, Aécio Neves. Os antídotos petistas para conter o avanço da oposição e a queda da presidente Dilma passam pelas vitórias no Parlamento (nas batalhas das CPIs), pelas propagandas positivas da Copa, pela comparação do período tucano com o período petista (dando destaque para os indicadores sociais e econômicos), pelos pronunciamentos da presidente Dilma, pelas benesses sociais e pela entrada precoce do presidente Lula, na briga. Resta saber se os resultados serão imediatos, para arrefecer o processo de fritura da presidente. As campanhas publicitárias recentes do PT apelam para o medo ao afirmarem que o Brasil não pode voltar aos tempos de desemprego e baixa capacidade de consumo dos brasileiros pobres (tempos FHC) e demonstram que os tempos de autoconfiança e ufanismo deram lugar aos tempos de cautela e preocupação. Sinal de alerta acionado.