A expectativa para as vendas da Black Friday de 2021, tendo em vista o fim das restrições no horário de funcionamento do comércio, é de que o varejo movimente R$ 837 milhões na Região Metropolitana de Campinas (RMC), que representam 31,6% acima dos R$ 636 milhões vendidos nesta data em 2020. Apenas em Campinas, estima-se que a Black Friday movimente R$ 440 milhões em vendas, 45% do total comercializado no ano passado.

A avaliação é do economista Laerte Martins, diretor da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC). De acordo com ele, o ticket médio de compras este ano deve ser de R$ 630,00, praticamente 5% acima do registrado em 2020. “Haverá grande movimentação nos sistemas de aquisição por “delivery”, “drive thru” e “take away” no consumo de alimentação, principalmente”, acredita. Para o economista, a dinamização do marketplace (vendas online) foi a novidade durante a pandemia, que se incorporou às vendas físicas e propiciou um aumento importante no faturamento do varejo”, explica.

Segundo ele, pesquisas realizadas sobre a intenção de compras na Black Friday deste ano, mesmo considerando a flexibilidade das regras de isolamento social, destacam que 47% das pessoas que pretendem comprar na Black Friday de 2021, farão os negócios pela Internet, contra os 42% que realizaram as compras de forma virtual em 2020, elevando as vendas do e-commerce em  6%.

“As pesquisas também indicam que somente 15% dos consumidores realizarão as suas compras nas lojas físicas (4% acima do registrado em 2020) e que 38% pretende realizar as compras tanto presenciais quanto online. Foi analisada ainda a informação de que, 53% dos consumidores disseram que aumentarão a regularidade das compras digitais, e que 75% pretendem manter a atual frequência de compras pela Internet, mesmo que haja o fim das restrições impostas pela pandemia da covid-19.”, diz.

Os produtos mais procurados na Black Friday de 2021 devem ser aparelhos de televisão, smartphones, eletroeletrônicos, vestuário e calçados, brinquedos e videogames. Os descontos devem variar entre 30% a 80%, sendo bastante pesquisados por meio das informações fornecidas pelo e-commerce das empresas. “Existe, ainda, uma certa desconfiança do mercado quanto à determinação dos preços dos produtos sobre os quais incidem os descontos oferecidos”, lembra o economista.

Embora a Black Friday aconteça no dia 26 de novembro este ano –  última sexta-feira do mês  – as promoções já começaram a ser anunciadas desde o final de outubro. Este ano, o evento traz novas perspectivas para o comércio, que ainda sente os reflexos das consequências do isolamento social imposto pela pandemia do covid-19. Com as portas fechadas, as lojas físicas buscaram a alternativa do e-commerce para a elevação do nível de consumo.

Por essa mudança de hábito do consumidor, acredita-se que é nas vendas digitais que o varejo vai se expandir grandemente na Black Friday, data que deve se transformar na segunda mais importante do ano para o comércio, atrás somente do Natal.

Lives orientarão comerciantes

Para que os comerciantes possam se preparar melhor e aproveitar a oportunidade da Black Friday para vender mais, a Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC) promoverá duas lives gratuitas com especialistas no assunto, no dia 11 de novembro, das 11h às 12h. Thaisa Cesar Fausto, vice-presidente sênior e head de comércios da Linx Digital e Jorge Dib, sócio e diretor da Depósito de Meias São Jorge, um dos maiores varejistas de São Paulo, com lojas na rua 25 de março, a mais famosa do comércio na cidade, apresentarão sua experiência e conhecimento sobre o varejo tradicional e as tecnologias para e-commerce. Para participar das lives é necessário realizar a inscrição por meio do link: https://www.sympla.com.br/como-aumentar-as-vendas-do-seu-e-commerce__1397705