(Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro reclamou neste sábado de projeto aprovado

pelo Congresso que restringe as indicações políticas para agências reguladoras e questionou se a iniciativa do Parlamento o deixaria em uma posição figurativa, sem condições de fazer as nomeações.

Bolsonaro aproveitou para avaliar que o Legislativo tem assumido cada vez mais força política e reclamou, ao comentar o projeto, que a indicação de diretorias e comandos as agências reguladoras passaria a ser uma atribuição apenas do Parlamento, caso a matéria seja sancionada.

Leia Mais Notícias do Brasil e exterior                

“Querem me deixar como a rainha da Inglaterra? Esse é o caminho certo”, disse. “Imaginem qual o critério que eles vão adotar”, sugeriu, referindo-se aos parlamentares.

Aprovado em maio pelo Senado e à espera da sanção presidencial, o projeto traz medidas para garantir autonomia e transparência às agências reguladoras, tenta evitar a interferência da iniciativa privada no setor regulado.

Bolsonaro ‘para quem’ o Legislativo cada vez mais passa a ter super poderes’ não cultiva uma boa relação com o Congresso justamente em um momento em que precisa dos parlamentares para ver aprovada a reforma da Previdência.
Bolsonaro reclama que querem ele Rainha da Inglaterra

Questionado sobre a articulação política, o presidente disse manter a promessa de campanha e não tem negociado ministérios com partidos políticos.

Admitiu, no entanto, que há indicações de políticos para cargos de segundo escalão.

“Acontece”, afirmou, argumentando não conhecer as pessoas ligadas a cada setor nos Estados. “Nós temos que botar gente indicada por parlamentar que nós sabemos quem está indicando e se algo der errado, acontecer, o parlamentar será convidado a conversar conosco.”

Acrescentou, ainda, que a recente transferência da tarefa de negociação com o Congresso para a Secretaria de Governo, recém-ocupada pelo general Luiz Eduardo Ramos, deve ajudar a ‘quebrar barreiras”.

 

PARTICIPE DO GRUPO DO NOVO MOMENTO NO WHATSAPP