O SindusCon-SP, Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo, divulgou ontem (13) os dados de emprego do setor da construção civil referentes ao mês de abril de 2017. A pesquisa é realizada pelo SindusCon-SP em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).
Após uma sucessão de quedas nos últimos meses, Campinas tem demonstrado recuperação na contratações do segmento da construção. Pelo segundo mês consecutivo, o munícipio registrou alta de 1,66% e atingiu a melhor colocação entre as cidades atendidas pela regional de Campinas. O superávit corresponde a 305 novas contratações em comparação com março de 2017. Neste mesmo período de comparação, Indaiatuba registrou a maior queda com -1,61%, seguido de Limeira com -1,49%.
Na comparação com o mesmo período de 2016, a variação de Campinas fica em -10,63%, com queda de 2.226 vagas. Atualmente, o estoque acumulado de trabalhadores é de 18.724 pessoas com carteira assinada em Campinas.
“A maioria das cidades atendidas pela pesquisa estão com índices em queda, pois vivemos a montanha russa política e os efeitos dela na nossa economia. Ainda assim, continuamos otimistas com relação a recuperação do setor e a melhora no índice de Campinas, que é referência na região, comprova isso”, pontua o diretor do SindusCon-SP ??? Regional Campinas, Marcio Benvenutti.
Brasil
O ritmo de queda do emprego na construção arrefeceu em abril, mas continuou em queda pelo 31º mês consecutivo. Foram eliminadas 874 vagas em todo o Brasil em abril, queda de 0,04% em relação a março. O estoque de trabalhadores no setor permaneceu na casa dos 2,47 milhões. Na comparação com abril de 2016, houve queda de 12,94%. Em outubro de 2014, primeiro mês de variação negativa, o estoque era de 3,57 milhões. Desconsiderando os efeitos sazonais*, a queda é de 0,90% em abril (-22.382).
Embora o ritmo da queda do emprego na construção venha se reduzindo nos últimos três meses, o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, não acredita em reversão imediata da tendência. “Sem novos investimentos e com a confiança dos investidores e das famílias novamente retraída em função da crise política, a perspectiva é de continuação do declínio do nível de emprego no setor”, afirma.
Em consequência, Romeu Ferraz julga primordial a aprovação das reformas trabalhista e previdenciária. “Se acontecerem, estas aprovações sinalizarão aos investidores que a política econômica de reequilíbrio das contas públicas e de estímulo à segurança jurídica nas relações trabalhistas segue firme, independentemente de quem esteja sentado na cadeira presidencial.”
Estado de São Paulo
Em abril houve queda de 0,05% no emprego em relação ao mês anterior. O estoque de trabalhadores foi de 684,8 mil para 684,4 mil em março (-368). Em 12 meses, são menos 90.430 trabalhadores no setor (-11,67%).Desconsiderando a sazonalidade**, houve redução de 0,96% (-6.596 mil vagas).
Na comparação abril contra março houve queda nos segmentos Obras de instalação (-1,23%) e Incorporação de imóveis (-0,15%). Por outro lado, houve alta em Preparação de terrenos (1,28%), Imobiliário (0,38%) e Engenharia e arquitetura (0,31%).
Na capital, que responde por 43,19% do total de empregos no setor, a queda em abril na comparação com o mês anterior foi de 0,23% (-680 vagas). Em 12 meses, São Paulo registra retração de 13,98% (-48.038 vagas).
Entre as Regionais do SindusCon-SP, as maiores altas foram em São José dos Campos (1,04%) e Bauru (0,53%). Por outro lado, houve queda em Santos (-2,73%) e Presidente Prudente (-1,16%).