Amanda Berry (centro), com a irmã, (à esquerda), e a filha, que teve durante o cativeiro, após sua libertação (Foto: AFP)
Três jovens foram encontradas com vida nesta segunda-feira (6) em uma casa em Cleveland, onde eram mantidas em cativeiro. Uma criança também foi retirada da casa – segundo a polícia, uma menina de 6 anos filha de Amanda Berry (sequestrada por 10 anos) e do sequestrador, Ariel Castro.
Ramsey, vizinho que ajudou a salvar Amanda disse que não desconfiava de forma alguma e que não tinha a menor ideia de que Ariel Castro, de 52 anos, mantinha Amanda Berry, Gina DeJesus e Michelle Knight em sua casa. “Víamos esse cara todos os dias. Eu fiz churrasco junto com ele, comíamos costela, ouvíamos salsa. Não havia nenhum indício que havia uma menina ali ou mais pessoas contra a própria vontade”, relatou o vizinho.”Eu sabia que algo estava errado quando uma menina linda e branca corre para os braços de um homem negro pedindo ajuda. Tem algo de errado, com certeza”, afirmou o americano diante das câmeras.
Castro foi preso nesta segunda, junto com dois de seus irmãos, que segundo a polícia teriam auxiliado nos sequestros. Os dois irmãos – identificados como Pedro Castro, 54 anos, e Oneil Castro, 50 anos, não viviam na casa onde as mulheres foram encontradas. O homem já havia sido preso anteriormente por violência doméstica, segundo relatos da imprensa americana
Entenda o casoAmanda Berry desapareceu em abril de 2003, quando tinha 16 anos, após sair do trabalho, informou o FBI. Ela ficou 10 anos em cativeiro e durante os anos de cativeiro, ela ficou grávida do sequestrador, identificado como Ariel Castro, e teve uma filha, uma menina que atualmente tem 6 anos. A criança também foi libertada.
Georgina DeJesustinha apenas 14 anos em 2004 quando desapareceu após deixar a escola. Já Michele Knight desapareceu aos 21 anos, no dia 23 de agosto de 2002, depois de visitar uma prima, segundo o jornal local da cidade.
As três mulheres foram dadas como mortas pelas autoridades, devido ao tempo de desaparecimento.Ariel Castro foi descrito pelos vizinhos como um amigável motorista de ônibus e músico que geralmente deixava as “filhas” brincar com seus netos.