Dois acusados pela morte do menino Brayan, o boliviano de 5 anos morto em assalto na zona leste de São Paulo, foram encontrados mortos às 14h30 desta sexta-feira, 30. Paulo Ricardo Martins, o Tripa, de 18 anos, e Felipe dos Santos Lima, o Paulinho, de 19 anos, cumpriam prisão preventiva no Centro de Detenção Provisória de Santo André, na Grande São Paulo. O caso foi registrado inicialmente como “morte suspeita”.
Ambos foram denunciados pelo Ministério Público no dia 27, cerca de dois meses depois do assassinato do boliviano. Na ocasião, a Justiça decretou a sua prisão preventiva. Um terceiro envolvido, menor de idade, encontra-se apreendido na Fundação Casa.
Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária informou que o caso foi comunicado à Vara de Execução Criminal, à Polícia Civil e perícia técnica. Segundo o órgão, será instaurado procedimento apuratório preliminar, para apontar a causa da morte. Além disso, o caso também irá para a Corregedoria Administrativa do Sistema Penitenciário
Brayan foi morto em um assalto à casa em que morava com a família e outros bolivianos na região de São Mateus, na zona leste de São Paulo. A mãe dele, a costureira Veronica Capcha Mamani, de 24 anos, disse que o filho, chorando, pediu aos criminosos para “não morrer”, mas levou um tiro na cabeça. A família estava havia seis meses no Brasil – o casal trabalhava em um ateliê de costura. Os pais de Brayan voltaram para à Bolívia depois do crime.
Segundo a polícia, Diego Rocha Freitas Campos, de 20 anos, é o suspeito de dar o tiro que matou o garoto boliviano. Ele e mais um colega, Wesley Pedroso, de 18 anos, que participou do assalto, encontram-se foragidos. Campos estava preso, mas fugiu em maio do Centro de Detenção Provisória (CDP) Franco da Rocha, onde cumpria pena por roubo. Ele saiu da prisão durante o indulto de Dia das Mães.