(Reuters) – Franco-atiradores instalados em telhados mataram cinco policiais em Dallas e feriram mais seis na noite de quinta-feira, em um ataque coordenado durante um dos diversos protestos espalhados pelo país após a morte de dois homens negros pela polícia nesta semana.
A polícia descreveu a emboscada como cuidadosamente planejada e executada e levou três pessoas à prisão antes de um quarto suspeito ser morto, no que a mídia local relatou ter sido um tiro auto-inflingido após um impasse que se estendeu até a manhã desta sexta-feira.
O quarto suspeito trocou tiros com a polícia durante o impasse em uma garagem e alertou sobre bombas espalhadas pela cidade. A polícia ainda não confirmou sua morte.
O ataque foi um dos piores a tiros em massa contra policiais na história dos Estados Unidos.
Autoridades da Casa Branca entraram em contato com o prefeito de Dallas, Mike Rawlings, sobre o ataque que transformou o centro de uma das maiores cidades dos EUA em uma cena de crime. O clima de tensão se alastrou por ruas que abrigam grandes empresas, restaurantes e escritórios do governo.
O chefe da polícia de Dallas, David Brown, disse que os atiradores, alguns em posições altas, usaram rifles de precisão para atirar contra oficiais, no que aparentava ser um ataque coordenado.
“Eles estavam trabalhando juntos com fuzis, triangulando em posições elevadas em diferentes pontos da área central, onde a manifestação ocorria”, disse Brown durante entrevista coletiva, acrescentando que um civil também ficou ferido.
O uso de força pela polícia contra afro-americanos em cidades como Ferguson, Missouri, Baltimore e Nova York, gerou periódicos, e muitas vezes violentos, protestos nos últimos dois anos e deu origem ao movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam).
A ira foi intensificada quando as autoridades envolvidas em tais incidentes foram absolvidas em julgamentos, ou nem chegaram a ser julgadas.