Poucas coisas unem as culturas mais do que a frustração de encontrar-se em um engarrafamento sem nenhuma razão plausível para o bloqueio e sem fim à vista.
Em qualquer parte do Brasil, a raiva fervilhante das paralisações é uma emoção comum sentida por todos os motoristas. As causas dos congestionamentos são bem compreendidas: acidentes, infra-estrutura deficiente, tráfego em horários de pico e velocidades de tráfego variáveis em estradas congestionadas.  Há estimativas que, só no Rio e São Paulo, o custo de trânsito é de quase R$100 bilhões, anualmente.
Aqui vão algumas ideias que temos na Cobli e que acreditamos que podem impactar muito o futuro da mobilidade:
Tudo começa com dados e a coleta deles através de IoT (Internet das Coisas). Os fatores mais importantes no desenvolvimento de uma cidade inteligente são garantir que esses sistemas de Internet das Coisas (IoT) sejam implementados de forma integrada.
Cada peça de tecnologia deve funcionar e se comunicar em conjunto para que os líderes da cidade possam usar os dados para tornar as vidas melhores.
Uma cidade inteligente usa tecnologia de informação e comunicação para melhorar sua habitabilidade, capacidade de trabalho e sustentabilidade. Ela coleta informações sobre si mesma usando sensores, dispositivos ou outras tecnologias e envia os dados para um sistema de análises, para entender o que está acontecendo naquele momento e o que provavelmente acontecerá em seguida.
A partir disso, temos dois termos importantes que devem ser compreendidos:
Tecnologia de veículo para veículo (V2V): é quando um veículo é capaz de se comunicar com outro nas proximidades ??? na frente, atrás, etc. Este é o núcleo da tecnologia de condução autônoma, onde os sensores podem detectar o que está acontecendo ao redor do veículo e uma tecnologia adicional pode compartilhar esses dados com outros automóveis na estrada.
Tecnologia de veículo para infra-estrutura (V2I): é semelhante ao exemplo anterior, pois o veículo é capaz de enviar e receber informações. Na V2I, a infraestrutura pode incluir itens físicos como: sinais de trânsito e sistemas de alerta meteorológico. O veículo pode enviar dados enquanto, simultaneamente, a infra-estrutura também pode retornar dados importantes.
Aqui são algumas ideias que estamos desenvolvendo na Cobli que podem fazer uma grande diferença no nosso dia a dia, como munícipes:
Feedback de Tráfego em Tempo Real
Os semáforos estão ficando mais inteligentes com a tecnologia V2I. Ao ter uma ideia melhor do fluxo de tráfego e quanto tempo um veículo fica ocioso nos sinais de parada, a cidade pode adaptar o tempo do semáforo de acordo com as mudanças do tráfego ao longo do dia.
Outro conceito é que ao invés do típico pedágio para as vias expressas, com IoT, a cidade poderia dar acesso às ruas de um jeito mais dinâmico. Por exemplo: cobrar veículos por quilômetro ou apenas para o uso durante os horários de pico.
Capacidade de banda nas ruas
Atualmente a cidade de São Paulo possui o sistema de rodízio. A operação tem como objetivo limitar o volume de veículos em alguns dias da semana, porém, sem pensar ou precificar a necessidade de cada carro na rua naquele tempo, como por exemplo o pedágio urbano de Londres. Com IoT, uma cidade poderia precificar dinamicamente o acesso em tempos de alta demanda ou dar benefícios para carros que dirigem em horários de baixo tráfego.
Minimização de Roubos
As cidades já coletam e armazenam milhares de informações sobre roubos, furtos e assaltos aos carros. Com a IoT dos veículos, o município conseguiria recomendar rotas diferentes para que as pessoas evitem áreas ou horários de risco.
Além disso, com a redução no trânsito podemos trabalhar com a hipótese que, na média, teríamos menos roubos já que os carros não estariam tanto tempo parados.
A parte mais interessante dessa conectividade é com relação aos carros dos policiais. A comunicação de perigo ou de algum incidente poderia ser feita diretamente para a viatura mais próxima ao local. Os policiais também conseguiram distribuir e posicionar melhor os carros nas ruas para minimizar os crimes.
Esse é o futuro que estamos construindo.