O Índice de Confiança do Consumidor Paulista (ICCP),

elaborado pela PiniOn para o Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP) registrou 110 pontos em fevereiro, crescimento de 2,8% em relação a janeiro e 27,9% quando comparado com o mesmo mês em 2022.

Em outubro de 2022, o ICCP passou a apresentar um avanço no campo otimista (acima de 100 pontos), interrompendo uma longa trajetória no patamar pessimista iniciada em março de 2020.

No entanto, para o economista do IEGV/ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, apesar de predominar uma percepção positiva das famílias, em relação à sua situação financeira e estabilidade no emprego, nota-se, na composição do índice, certa deterioração dessa percepção. “A pesquisa ICCP de fevereiro revela uma diminuição da proporção de pessoas que se sentem seguras em seus respectivos empregos”, avalia.

Ainda de acordo com o economista, a sondagem estadual, semelhantemente ao indicador nacional (INC), mostra perda de intensidade do consumidor em relação às expectativas futuras positivas em relação às variáveis passadas e a economia brasileira, comparada à pesquisa anterior.

Consumidor paulista está confiante, diz ACSP

Consumidor paulista está confiante, diz ACSP

“O arrefecimento da percepção positiva do presente e do futuro não impede que exista ainda um sentimento de melhora da situação financeira”, pondera. O consumidor continua demonstrando disposição em investir no futuro e adquirir itens de maior valor, como carro e casa, e bens duráveis, tais como geladeira e fogão, de acordo com a pesquisa.

No recorte de classes socioeconômicas, mais uma vez, registrou-se aumentos na confiança das famílias residentes no Estado de São Paulo pertencentes a todos os extratos socioeconômicos, com avanços no campo otimista para as classes AB (5,7%) e C (0,9%).

Já o Índice de Confiança do Consumidor da Cidade de São Paulo (ICCSP) alcançou 101 pontos em fevereiro, aumentando 2% em relação ao mês anterior, chegando no campo otimista (acima de 100 pontos) pela primeira vez desde janeiro de 2020. Na comparação com fevereiro de 2022, o ICCSP mostrou aumento de 26,2%.

A percepção com relação à situação atual e as expectativas futuras são bastante parecidas com as registradas para o ICCP, mostrando arrefecimento da percepção positiva sobre emprego e renda no presente e no futuro. Apesar dessa perda de intensidade, a maior parte dos entrevistados manifesta maior disposição a comprar e a investir.

Já a evolução da confiança dos consumidores da cidade de São Paulo, distribuídos por classes socioeconômicas, mostrou um comportamento crescente similar ao ICCP para as famílias pertencentes às classes AB e DE, havendo estabilidade na confiança dos entrevistados da classe C.

PIB cresce 2,9% em 2022 com final em baixa

Os resultados do ICCP e do ICCSP de fevereiro continuam apresentando tendência crescente, porém com piora relativa das percepções positivas em relação às situações de renda e emprego atual e futura. Para o economista da ACSP, a  piora relativa, do ponto de vista econômico, é explicada pela desaceleração da atividade econômica observada desde o último trimestre do ano passado.

 

Falências aumentam 56%:  dicas para proteger a sua empresa

Empreender, além de uma necessidade para complementar a renda do brasileiro, é o sonho de muitos, no entanto, esse sonho enfrenta cada dia mais entraves, de acordo com levantamento do Serasa Experian os pedidos de falência em janeiro de 2023 foi o maior em três anos, aumentando 56,5%.

Casos notórios como a Americanas, que pediu recuperação judicial em 2023, Pan Produtos Alimentícios, já em recuperação judicial pediu a autofalência e a Livraria Cultura que também já  teve a falência decretada e suspendida temporariamente, acendem ainda mais o alerta dos empreendedores.

De acordo com o mentor empresarial e especialista em neurolinguística, Gustavo Medeiros, diversos fatores contribuem para a situação, mas existem alguns cuidados que podem ajudar a evitar a situação.

O período pós-pandemia, mudanças nos padrões de consumo, crises econômicas, sociais, políticas e diversos outros fatores externos podem influenciar o aumento da falência de empresas“.

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