A CPFL Energia teve lucro líquido de R$ 961 milhões no primeiro trimestre de 2021, aumento de 6,3% em relação ao mesmo período de 2020. O resultado foi alcançado, sobretudo, pelo bom desempenho da companhia em geração de energia eólica e pela recuperação da venda de energia na área de concessão. 

 

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 1,97 bilhão nos três primeiros meses deste ano, 15,9% superior ao registrado no primeiro trimestre do ano passado. O crescimento foi puxado, principalmente, pela melhor incidência de ventos no Nordeste, que levou à expansão de 68,4% na produção das usinas eólicas. O aumento nas atividades de comercialização e serviços, a atualização do ativo financeiro da concessão das distribuidoras e o reajuste de contratos e tarifas também contribuíram para o resultado.  

 

O primeiro trimestre de 2021 ainda foi marcado pela recuperação do consumo industrial, que voltou a apresentar crescimento após três trimestres consecutivos de redução em função dos impactos da pandemia de covid-19. A venda de energia para este setor teve alta de 7,7% nos três primeiros meses do ano, na comparação anual. No segmento residencial, o crescimento foi de 4,6%, ainda favorecido pela mudança de hábitos gerada pela pandemia, que fez com que as pessoas passassem mais tempo dentro de casa.

 

“Mais uma vez apresentamos resultados positivos, que demonstram o crescimento sustentável da empresa, que acaba de atingir 10 milhões de clientes atendidos pelas quatro distribuidoras do grupo: CPFL Paulista, CPFL Piratininga, CPFL Santa Cruz e RGE.  O período reflete o cenário favorável à geração eólica, além da retomada do crescimento do setor industrial”, diz Gustavo Estrella, presidente da CPFL Energia.

 

Investimentos. No primeiro trimestre de 2021, a CPFL Energia investiu R$ 695 milhões, 36% a mais que no mesmo período de 2020. A maior parte deste valor, R$ 597 milhões, foi direcionada à distribuição, em obras de expansão, melhorias e modernização do sistema elétrico. As áreas de geração e transmissão receberam R$ 44 milhões e R$ 38 milhões, respectivamente, que foram investidos na construção dos complexos eólicos de Gameleira e PCH Cherobim e dos projetos de transmissão Sul I, Sul II e Maracanaú, além de atender os planos de recuperação e manutenção de parques e usinas. Já o setor de Comercialização & Serviços da CPFL recebeu R$ 16 milhões para investir em TI, veículos, equipamentos e ferramentas. 

 

O plano de investimento soma R$ 15,22 bilhões até 2025 – a previsão anterior era empregar cerca de R$ 13,5 bilhões. Em 2021, a empresa prevê investir R$ 3,4 bilhões, dos quais R$ 2,5 bilhões serão destinados à área de distribuição. 

 

Sustentabilidade. Lançado em 2020, o plano de sustentabilidade da CPFL tem compromisso de investir mais de R$ 1,8 bilhão em ações sociais e ambientais até 2024. Em 2020, 98,9% (ou 11,3 TWh) da energia gerada pela CPFL foram provenientes de fontes renováveis. No mesmo período, a empresa alcançou 23,7% de redução de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa relacionadas às nossas operações (Escopos 1 e 2).

 

Apoiado no conceito de economia circular por meio da redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais, por meio da reformadora, que pertence à CPFL Serviços, a companhia reformou 2.600 transformadores no primeiro trimestre de 2021; em 2020 foram 9.807 equipamentos reformados, gerando uma receita bruta de R$ 32,4 milhões e 939 toneladas de materiais reaproveitados. No primeiro trimestre de 2021 foram R$ 9,3 milhões. A ação reduz a geração de resíduos e gerou 128 empregos diretos. 

 

Em outra frente de atuação da CPFL Serviços, de cadeia reversa, a empresa proporcionou a correta destinação de materiais oriundos de sua rede de distribuição em SP. Foram mais de 6 mil toneladas de sucatas de alumínio, cobre e ferro enviadas em 2020. O montante significou receita bruta de R$ 33,6 milhões em 2020 e R$ 11,5 milhões no primeiro trimestre de 2021, além de gerar 68 empregos diretos.

 

Em outubro/20, a empresa iniciou também o projeto de cadeia reversa na RGE, distribuidora localizada no estado do Rio Grande do Sul. Foram gerados 43 novos empregos diretos e estima-se a destinação de 2 mil toneladas por ano, gerando uma receita bruta de aproximadamente R$ 15 milhões. Apenas no 1º trimestre de 2021 foram mais de 400 toneladas e uma receita bruta de R$ 3,9 milhões. As atividades da reformadora e da cadeia reversa estão alinhadas aos compromissos 4 – reformar pelo menos 40.000 equipamentos (transformadores, reguladores de tensão, religadores etc.) até 2024; e 5 – garantir a destinação de 100% dos principais componentes da rede para reciclagem ou para sistemas de cadeia reversa até 2024, do Plano de Sustentabilidade 2020-2024 da CPFL Energia.