A gestora de fundos canadense Brookfield comprou uma participação de 70% da Odebrecht Ambiental, que administra desde 2014 o DAE de Sumaré. A empresa fez doações na campanha de 2012 para as campanhas da atual prefeita Cristina Carrara (PSDB) e do então vice candidato Professor Tito (PT).
A transação, no valor de R$ 2,8 bilhões, foi adiantada pela Folha de S.Paulo. O braço da Odebrecht, que cria soluções para a preservação dos recursos naturais nos segmentos de água, esgoto e resíduos, foi responsável por 2,6% do faturamento do grupo.
Os 30% restantes da empresa devem continuar com o FI-FGTS.
De acordo com o jornal, a Odebrecht também transferiu sua sua participação na Cetrel para a Braskem, principal empresa do conglomerado, e vendeu sua participação na Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) para a alemã ThyssenKrupp.
O valor dessas operações foi de R$ 800 milhões, afirmou o jornal.
A Odebrecht Ambiental foi criada em 2008 e, no ano seguinte, o FI_FGTS entrou como sócio estratégico. Ela é responsável pela operação de sistemas de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto em mais de 185 municípios brasileiros, atingindo 17 milhões de pessoas.
Em 2015, a sua receita operacional bruta foi de R$ 2,17 bilhões.
A gestora canadense já estava em negociações exclusivas para comprar uma participação na companhia desde maio. No entanto, essa não é a primeira aquisição do fundo no Brasil.
Em junho, a gestora comprou a participação 57% da concessão rodoviária Rutas de Lima que pertenciam à Odebrecht Latinvest. Com o acordo, o grupo brasileiro manterá participação de 25 por cento na concessão.
Ainda no setor de energia elétrica, a construtora espanhola ACS vendeu 50% das concessões de linhas de transmissão de energia elétrica que possuía no Brasil para a gestora.
Em setembro, um consórcio liderado pela Brookfield comprou 90% da unidade de gasodutos Nova Transportadora Sudeste (NTS), da Petrobras, por cerca de US$ 5,2 bilhões de dólares. O valor exato não foi divulgado pelas companhias.
Ela também está em negociações para adquirir as concessões do grupo espanhol Isolux em transmissão de energia elétrica no Brasil. As conversas entre as duas empresas estão em um bom ritmo, afirmou a Isolux em agosto.