Há um ano, na mesma Rod Laver, Djokovic protagonizou, ao lado de Rafael Nadal, a mais longa final de Grand Slam da história, com duração de 5h53min. E neste domingo, o sérvio talvez tenha tido um flashback. Após 5h02 de jogo, o sérvio sofreu, mas bateu o suíço Stanislas Wawrinka por 3 sets a 2, parciais de 1-6, 7-5, 6-4, 6-7 (7-5) e 12-10, em 5h02, no melhor jogo do Australian Open até aqui.
Na luta pelo tetracampeonato do torneio (e tri consecutivo), o sérvio irá enfrentar o tcheco Tomas Berdych nas quartas de final – fase que ele alcançou pela 15 ª vez consecutiva em Majors. Se passar pelo adversário, sexto do ranking mundial, será ainda a 11ª vez seguida que ele está entre os quatro melhores de um Slam. A última vez que ele não figurou nesta fase foi em 2009, quando caiu nas quartas de final de Roland Garros.
No duelo contra Wawrinka, o histórico favorável a Djokovic sugeria uma facilidade que não existiu.
O sérvio havia ganho as últimas dez partidas e estava com uma vantagem de 11 a 2 no geral. Mas, no jogo, o suíço se mostrou bem agressivo e disposto atacar o atual campeão, buscando as linhas, mantendo o sérvio correndo no fundo da quadra e provocando estragos com seu backhand de uma mão. Certamente, um dos melhores jogos da carreira do atual 17º do ranking.
Reuters
Wawrinka vibra muito após conquistar ponto no jogo contra Djokovic
No final, o jogo foi para o quinto set. Sem tie-break, a disputa se alongou pela madrugada australiana e durou 22 games, quando Djokovic finalmente conseguiu converter o terceiro match point que arrancou.
Ao final, após abraçar Wawrinka, Djoko repetiu o gesto da final na Oceania do último: rasgou a camisa e saiu vibrando.
As estatísticas mostraram equilíbrio: foram 209 pontos ganhos para Djoko e 200 para Wawrinka. Agressivo na maior parte do confronto e personagem principal das jogadas mais belas, o suíço conseguiu 69 winners e cometeu 93 erros não-forçados. Djokovic fez 51 bolas vencedoras e cometeu 66 erros.