O cenário parece o mesmo de março de 2020: todo mundo conhece alguém que está com sintomas gripais. Tosse, espirro, coriza, dor de garganta, febre, alteração no paladar e no olfato. E aí? É gripe ou é covid? Como proceder? Qual teste fazer? Como se imunizar? A infectologista do Hermes Pardini, Melissa Valentini, respondeu algumas dúvidas mais comuns sobre o assunto.

Os sintomas da Covid-19 e da Influenza são muito parecidos. Como diferenciar uma doença da outra? Quanto tempo duram os sintomas de cada uma?

Essas doenças provocam, na grande maioria das pessoas, uma infecção respiratória alta com espirros, coriza, dor de garganta, febre ou não, lacrimejamento dos olhos ou não, tosse ou não. Só é possível diferenciar as doenças através de testes laboratoriais. Normalmente os sintomas duram de 3 a 5 dias.

O que fazer em caso de sintomas respiratórios? Se não for possível realizar o teste, como proceder?

É sempre importante avaliar o momento epidemiológico. Se não for possível realizar o teste para diagnóstico diferencial, deve-se proceder como se a pessoa estivesse com Covid, ou seja, isolar-se por no mínimo 7 dias. Pode sair desse isolamento depois desse período, se estiver sem febre nas últimas 24h e com melhora dos sintomas respiratórios. Lembrando que deve-se continuar com o uso das máscaras.

Diante da diversidade de testes, qual deles fazer? Qual identifica se já peguei coronavírus? Algum indica minha taxa de imunização?

Os testes indicados para saber se a pessoa está infectada no momento são os testes virais – o teste antígeno ou o PCR (padrão-ouro), ambos realizados com o swab no nariz. Os testes sorológicos avaliam a presença de anticorpos contra a Covid-19. Hoje, como a maioria da população já está vacinada, essas pessoas apresentam anticorpos e não dá para saber se o anticorpo foi produzido pela vacina ou pela doença. Os testes para verificar a taxa de imunização não estão sendo recomendados, porque, a cada variante que surge, é necessária uma determinada quantidade de anticorpos para neutralizá-la.

Quais testes de Covid identificam a variante Ômicron?

Existem alguns testes de genotipagem que identificam algumas mutações específicas do vírus e conseguem dizer qual a variante que está na amostra do paciente. Isso é muito importante para o poder público, para saber qual variante está causando o maior número de infecções.

Depois de quanto tempo de diagnóstico positivo, o paciente pode procurar fazer outro teste para saber se ele está testando negativo e retomar a vida social? Ou não precisa de novo teste?

A testagem de Covid-19 após o diagnóstico, para liberação do isolamento, normalmente não é obrigatória. Se o fizer, há uma recomendação da testagem no quinto dia após o diagnóstico e, se o teste for negativo, a pessoa pode sair do isolamento, mantendo os cuidados necessários. Os testes de RT-PCR da pessoa infectada podem permanecer positivos até três meses depois do quadro viral do indivíduo, pois o vírus pode estar no organismo, mesmo inativo, sem infectar o próximo.

Tomei a vacina da gripe, posso pegar Influenza?

Todos os anos, as vacinas contra a Influenza são atualizadas com a composição de novos vírus. Por isso, é possível ter uma proteção maior, mas não 100% (como em qualquer vacina). De toda forma, a vacina contra a Influenza, assim como a da Covid-19, ajuda na proteção de casos graves da doença. Vale lembrar que a Influenza também pode ter maior agravamento em alguns grupos populacionais, como gestantes, puérperas, crianças abaixo de 5 anos, obesos, idosos e pessoas com comorbidades.

No caso da Influenza, a vacina que foi utilizada no Brasil em 2021 não protege completamente contra o subtipo H3N2 ou Darwin, mas quem não tomou a vacina contra a gripe é importante tomar a que temos disponível?

Os vírus que vão compor a vacina de Influenza do hemisfério Sul no inverno de 2022 já estão definidos e um deles é o subtipo H3N2. Portanto, mesmo quem tomou a vacina em 2021 deve tomar também a vacina atualizada em 2022. Geralmente, todos os anos, a vacina atualizada da Influenza fica disponível na rede privada a partir do mês de março.

“Somente incentivando a prevenção com as vacinas disponíveis contra a Covid-19 e estimulando a testagem será possível avançar no controle dos vírus, e na disseminação das doenças”, finaliza a infectologista Melissa Valentini.

Moradores da capital paulista contam com o apoio do Hermes Pardini para cuidar da saúde. Ao todo, são 7 unidades que ficam localizadas nos bairros Itaim Bibi, Itaquera, Santana, Moema, Morumbi e Tatuapé (2). Para consultar o serviço de análises clínicas, vacinação e do atendimento domiciliar, basta entrar em contato pelo número, que também é WhatsApp: (11) 2799-9311.