O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, recebeu, nesta sexta-feira, do governador de São Paulo, João Doria, a Medalha da Ordem do Ipiranga, no grau Grã-Cruz, no Palácio dos Bandeirantes. Esta é a principal honraria do Estado.
Ao entregar a medalha, Doria justificou a homenagem não só pela atuação de Moro na Lava Jato, mas também a operação conjunta, realizada em fevereiro, do Ministério da Justiça e do Governo de São Paulo para transferir 22 chefes de organizações criminosas de presídios estaduais para presídios federais.
“Portanto, a honraria se dá por aquilo que o ministro realizou pela segurança pública do estado de São Paulo, mas se da também pela dignidade que este homem, este patriota, tem com o nosso país, pela coragem de implementar como juiz a Operação Lava-Jato. O Brasil precisa de mais Moros e menos Lulas.”
Durante a homenagem, o ministro falou sobre a polêmica que envolve sua atuação como Juíz da Lava Jato. Moro classifica como ‘revanchismo’ o vazamento de suas conversas no Telegram com promotores da operação.
Alguns deputados estaduais tentam suspender a honraria entregue ao Ministro. A proposta, de autoria da bancada do PT afirma que a nomeação de Moro não respeita a regulamentação.
“O homenageado não morou em São Paulo, não trabalhou, não escreveu, não advogou, não lecionou, não pagou tributos, enfim, nunca somou nada a riqueza material ou cultural do estado de São Paulo”, afirma o projeto de decreto legislativo do PT.
A proposta não tem data para ser votada, a Assembleia Legislativa entra em recesso e volta os trabalhos apenas em agosto.