A vereadora Esther Moraes (PL) quer um amplo debate em torno do racismo presente em símbolos presentes em ao menos uma festa de Santa Bárbara d’Oeste. Ela protocolou na Câmara um Projeto de Lei Complementar que prevê no Código Municipal de Posturas regras de combate ao racismo no município, impedindo que licenças sejam concedidas caso as festas públicas ou divertimentos exponham símbolos que ofendam a diversidade racial, cultural ou religiosa ou que façam apologia de movimentos ou instituições identificadas com ideias raciais ou segregacionistas.
Outro vereador barbarense que já se posicionou (no caso contra a posição de Esther) é o bolsonarista Felipe Corá (Patri) que atacou como ‘esquerdopatas’ os que propõem o debate em torno do símbolo.
A bandeira confederada é associada, nos Estados Unidos, a grupos racistas como a KKK (Ku Klux Klan), que atua de forma clandestina no sul daquele país.
Segundo Esther, o projeto visa retirar da cidade os símbolos confederados, que representam uma carga enorme de opressão ao povo negro. “Não somos contrários a festa! Todos devem relembrar seus antepassados, mas devem fazer com respeito a história do outro e aos descendentes de escravizados. Nossa cidade é a única no Brasil a manter a bandeira confederada em uma festa pública!”, escreveu.
Ela segue e afirma que se trata de uma discussão sobre a branquitude em uma luta antirracista, em um país com tamanha desigualdade social-racial. E faz um apelo aos movimentos sociais, culturais ligados à comunidade negra, coletivos e todas as pessoas que querem fazer essa construção, vamos juntos, com diálogo e com a história conscientizar as pessoas sobre o uso de símbolos racistas.